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Engenheiro critica construção do cimbre que sustentava viaduto que caiu na Fanadia

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O engenheiro responsável pelo levantamento das causas do colapso do viaduto da A15, na Fanadia, São Gregório, onde morreram quatro operários, defendeu na semana passada no Tribunal das Caldas da Rainha que o acidente se deveu a anomalias do cimbre cujo projeto não foi cumprido.
Testemunha defendeu que a queda do viaduto aconteceu por causa da estrutura que sustentava a construção do pilar do viaduto (foto Francisco Gomes)

“A minha convicção é que a queda do viaduto aconteceu por causa do cimbre [estrutura metálica que sustentava a construção do pilar do viaduto] que não tinha reserva de segurança suficiente”, afirmou ao tribunal Secundino Vilar, engenheiro na empresa Novopca à data do acidente em que morreram quatro operários e outros 12 ficaram feridos.

O engenheiro encarregado de fazer um levantamento das causas do colapso do viaduto – ocorrido a 19 de janeiro de 2001, durante as operações de betonagem do viaduto, refutou quaisquer erros “na fundação do cimbre”, projetada pela empresa em que trabalhava, e apontou críticas à estrutura do cimbre, construída pela empresa Mecanotubo.

Segundo o engenheiro da Novopca, “o projeto do cimbre era diferente daquilo que foi aplicado na obra”, o que terá resultado num aumento da carga exercida pelo tabuleiro que estava a ser betonado sobre as torres de metal, “que podem ter chegado ao limite da sua resistência”.

A testemunha, que prestou esclarecimento técnico ao tribunal durante quase oito horas, vai ter que voltar ao tribunal das Caldas da Rainha para uma acareação que vai ser requerida por Ricardo Braga, defensor de quatro funcionários da Mecanotubo.

“Vou requer a acareação desta testemunha com o responsável pela tradução técnica do dossiê da estrutura do cimbre, para confrontar declarações que não me parecem tecnicamente corretas”, disse à agência Lusa o advogado, que irá também chamar a testemunhar o administrador da Mecanotubo.

Doze anos depois do colapso do viaduto da A15, onde morreram quatro operários, o tribunal das Caldas da Rainha está a repetir o julgamento dos treze arguidos, cuja condenação o Tribunal da Relação anulou devido a irregularidades no processo.

A repetição do julgamento foi iniciada a 21 de outubro no Tribunal das Caldas da Rainha, onde habitualmente decorrem sessões de segunda a quinta-feira.

As sessões estão, no entanto, interrompidas até 28 de janeiro, para que o juiz possa notificar testemunhas que não foram convocadas pela defesa e pela acusação.

Depois destas testemunhas, serão ouvidos de 10 a 12 de fevereiro quatro dos treze arguidos que manifestaram interesse em depor.

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