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Coleção de latas de Mário Lino no Museu do Ciclismo

Fernando Rocha

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O Mário Lino foi meu colega desde a primária. Sempre fomos muito amigos. Não me lembro de ter uma chatice com ele. Éramos e somos mesmo amigos e sempre respeitámos as nossas diferenças, mas sempre tivemos, todavia, muitas coisas em comum. Vivíamos nas Caldas em miúdos. Brincámos e rimos muito. Na Escola Comercial Rafael Bordalo Pinheiro tenho com o Mário histórias incríveis de humor. O humor e a ironia do Mário fortaleceu esse meu sentido.

O Mário hoje é reconhecido como uma incontornável figura na nossa cidade. Caldas da Rainha sem o Mário Lino seria uma cidade mais pobre. As pequenas/grandes coisas, que faz, são únicas e muito originais. Por vezes é empurrado para isto ou aquilo, mas depressa se desprende e se solta na sua enorme criatividade. O sr. diretor do Museu de Ciclismo (deviam de o reconhecer e lhe pagar como tal), à volta das bicicletas, fabrica o museu mais ativo da cidade, sempre com iniciativas, embora com os condicionalismos, do ciclismo e outros. O Mário nunca parou de voar!

O seu voo é povoado de sonhos, de amor à vida e à nossa terra, às suas raízes, que nunca esquece e nos faz recordar, num trabalho, árduo, mas de amor, que o dinheiro não paga. O Mário Lino não é só um cidadão das Caldas. É, verdadeiramente, um cidadão do mundo, vivendo as Caldas, as suas paixões (as particulares a coisas, que por vezes, aparentemente, não grandes, são-no de facto e nas suas mãos e espírito se agigantam. É o melhor embaixador das Caldas no Mundo. É, já o disse, por vezes, com poucas condições o museu que marca a agenda da cidade e do concelho, com acontecimentos de exceção.

Alguns direi que fui excessivo, mas não. Fui observador e justo. Não me movem invejas ou ódios de estimação, por ser o que sou, modestamente, nas minhas Caldas. Tal como o Mário, nunca as penso ter traído. Na paixão da política, as Caldas nunca deixaram de ser uma grande causa, mas nem de perto nem de longe chego à valia imensa, para a nossa urbe do Mário. Serei, pois, algo suspeito, para alguns, sobretudo os que me conhecem mal, mas vou continuar a apreciar e a aplaudir o trabalho extraordinário de Amor, do sr. diretor Mário Lino, à cidade que há 66 anos nos viu nascer.

E posto isto, que já de si é muito e justíssimo, tive o privilégio de saber, em primeira mão, que se vai seguir uma exposição única, da coleção de latas, do Mário. Latas, que, cada uma a seu modo conta uma história. Vi muitas delas expostas e fiquei fascinado. As latinhas, do Mário, falam-nos do século passado, de Portugal, mas também do mundo, de tempos idos. A não perder pela originalidade e pela história de vida e de tudo o mais (empresas, guloseimas, conservas, sei lá, aquelas latas, muitas de uma beleza eterna, interpelam-nos e falam de outros tempos, de outras gentes, de outras maneiras de estar e de viver. Não percam para fevereiro este evento único. Mas o Mário não ficou por aqui. Descobriu uma caldense esquecida, do século passado, que foi “o rosto e a voz dos melhores circos do Mundo. E evoca esta figura, como só o Mário sabe fazer.

A não perder, pois, estes dois acontecimentos, no dia 1 de fevereiro, pelas 16 horas, no museu do ciclismo de Caldas da Rainha, fronteiro ao Parque, talvez o mais lindo parque ou jardim de Portugal. Tudo se encaixa e merece um olhar guloso e de amor, a algo de muito original e, consequentemente, admirável e criativo.

Paralelamente, justificando uma outra parte do que atrás afirmei, no dia 16 de março, pelas 9 horas, há uma Feira de Velharias e Doces Regionais, na Redinha – Pombal, integrada nas Comemorações da Batalha da Redinha, com apoio da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, com suor do Mário, muito certamente, também.

Bem hajas, meu amigo, sr. diretor do Museu de Ciclismo.

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