Esta ação de sensibilização para comportamentos rodoviários abusivos, inscrita no Orçamento Participativo de 2013, foi proposta pela Associação para a Cidadania “Conselho da Cidade” e é executada, de 13 a 17 de janeiro, em parceria com a Câmara Municipal, escolas, PSP e Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor.
Ao longo desta semana, em vários pontos da cidade, os veículos que estacionarem em locais proibidos, em cima dos passeios, dificultando a mobilidade dos peões, são assinalados com balões, “pisados” com pegadas coladas nos carros, e que lançam ao condutor a provocação: “Eu não piso o seu carro, não estacione no meu passeio!”.
“É premente fazer alguma coisa em relação ao estacionamento caótico, porque somos agredidos pelo automóvel”, afirmou Júlia Carvalho, uma das responsáveis pela campanha, que defende uma “atitude menos tolerante da Polícia” em relação a estas infrações.
Hugo Oliveira, vereador do pelouro da mobilidade, apontou que “algumas pessoas irão ficar incomodadas, mas talvez percebam as dificuldades que sentem as pessoas com mobilidade condicionada quando os lugares a elas reservados estão indevidamente ocupados”.
O JORNAL DAS CALDAS acompanhou a ação na segunda-feira, com 52 alunos da escola D. João II e três utentes do Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor. Na companhia de elementos do Conselho da Cidade, da Câmara e da PSP, a iniciativa causou grande surpresa.
“As pessoas ficaram realmente muito surpreendidas, levando-as a pensar sobre a problemática do estacionamento da cidade e sobre o seu comportamento. Detetámos variadíssimas situações de carros estacionados em cima de passeios e passadeiras, que ficaram sinalizadas. Algumas pessoas tiveram reação de desagrado, mas muitas aprovaram e acharam que era uma boa medida”, disse ao JORNAL DAS CALDAS o vereador Alberto Pereira.
O autarca sublinhou que “quem estava em infração também desta vez escapou às multas, porque a PSP foi colaborativa e pedagógica”.
“Vamos andar toda a semana a fazer esta campanha, desde que não chova, e penso que vai ter algum impato e espero que as pessoas sintam a necessidade de cumprir as regras do trânsito e de cidadania”.
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