Apagou-se uma estrela e, pela primeira vez, adeptos de todos os clubes uniram-se para prestar uma última homenagem ao homem que levou a fama do futebol português aos quatro cantos do mundo.
Habitualmente, erguem-se as estátuas quando os homens morrem. Eusébio teve direito à sua, ainda em vida. É em vida que as pessoas devem ser estimadas, homenageadas. Depois da morte, recordadas.
A sua história de vida faz-nos pensar que todos temos uma vocação e que a maior felicidade é poder fazer dela a nossa profissão. Quem diria ao menino que corria descalço nas ruas de Lourenço Marques (agora, Maputo) que, um dia, se iria tornar numa estrela do futebol internacional? Que a sua bola feita de uma meia e de trapos se transformaria, um dia, em bola de ouro?
Talvez porque o futebol tenha sido a sua grande paixão, Eusébio despediu-se do mundo dando uma última volta ao Estádio da Luz, onde a sua estrela brilhou tantas vezes e onde continuará a brilhar para exemplo das gerações futuras, para que não se esqueçam que a vida dos homens começa na fábrica dos sonhos, ou quem sabe, nos pés descalços de um menino…
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