“Depois de muitos anos, o PSD de Óbidos ter hostilizado publicamente o dr. Fernando Costa, designadamente por impostos e taxas em Caldas serem inferiores a Óbidos, a recentemente eleita lista liderada por aquele autarca, a nível distrital daquele partido, integra o atual presidente da Câmara de Óbidos. Assim, seria de esperar que passaria a concordar com a política deste sobre o IMI com taxa mínima, que muito bem tem defendido, inclusivamente em várias intervenções televisivas, dizendo que para os proprietários de casas não pagarem mais dinheiro de IMI é necessário adotar-se a taxa mínima deste imposto. Não se percebe o motivo do PSD de Óbidos não seguir esta forte e repetida recomendação do seu líder distrital, a menos que a situação financeira do Município de Óbidos não seja o que foi muito repetido, pelo PSD, na recente campanha eleitoral”, manifesta o deputado municipal José Machado, do PS.
Para José Machado que os eleitos na lista do PSD de Óbidos têm legitimidade formal para imporem valores de IMI mais altos a pagar no nosso concelho, mas a sua legitimidade política e moral é duvidosa, já que o PSD, quer para a Câmara quer para a Assembleia Municipal, nas eleições de setembro passado, teve menos votos que os outros concorrentes; isto é, o somatório dos votos do PS com a CDU ou com o CDS foi maior do que os votos obtidos pelo PSD.
Oposição de Óbidos vence votação ao PSD
Na eleição para os representantes de Óbidos para a Assembleia Intermunicipal do Oeste, os grupos municipais do PS e da CDU apresentaram a lista liderada por José Machado e o grupo municipal do PSD lista liderada por Miguel Silvestre, que são os líderes das bancadas dos dois maiores partidos obidenses. O resultado foi onze votos para a lista do PS e CDU e dez votos para a lista do PSD.
“Foi preciso passarem doze anos, em Óbidos, para uma proposta encabeçada pelo PS voltar a ganhar em Óbidos. Foi quebrada a prática, sempre observada durante os três mandatos autárquicos liderados por Telmo Faria, do PSD, ganhar todas as propostas que apresentava na Assembleia Municipal”, refere.
Recorde-se que para a Câmara e para a Assembleia Municipal, nas eleições de setembro passado, o PSD teve menos votos que o somatório dos votos do PS com a CDU ou com o CDS. Nas últimas eleições autárquicas o PSD teve uma maioria relativa de votos expressos. Na Câmara o número de mandatos foi 4 para o PSD e 3 para o PS e na Assembleia Municipal o PSD teve 10 mandatos, o PS 9 mandatos, a CDU 2 mandatos e por muito poucos votos o CDS não elegeu um deputado municipal.
Legenda: Sessão decorreu no edifício do Mercado Biológico
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