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Rankings escolares em análise em “Pontos de Vista”

Francisco Gomes

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Os rankings escolares foram assunto de discussão no último programa “Pontos de Vista” (parceria Mais Oeste Rádio/Jornal das Caldas), com especial enfoque para o primeiro lugar dos exames nacionais do ensino secundário que Caldas da Rainha obteve, no total dos estabelecimentos de ensino, e para a Escola Secundária Raul Proença, das Caldas da Rainha, que é a melhor do distrito de Leiria.
Edgar Ximenes, do MVC

Edgar Ximenes, do MVC, começou por dizer que “o concelho estar no topo deve dar-nos muita satisfação e não escamoteio o facto de para isso terem contribuído todas as escolas, públicas e privadas, mas foi o sistema público que até aqui andou com o ensino às costas”.

“O ranking nas Caldas mostra que o ensino público pode ser tão bom ou melhor do que o ensino privado”, destacou Edgar Ximenes.

“Há uma campanha de desinformação há muito para associar o ensino público ao insucesso”, fez notar.

No seu entender, o ranking tem “vantagens e desvantagens”. “Quem fica bem, tem tendência para gostar e vice-versa. Até à existência dos rankings havia um limbo, pelo menos têm o mérito de levar muitas escolas a puxarem do seu orgulho próprio e melhorarem. Temos exemplo disso nas Caldas, onde a Bordalo Pinheiro está a caminho de chegar aos lugares de topo, pela progressão que tem tido”, comentou.

Sobre a liderança da Raul Proença no distrito, sublinhou que se deve “a um projeto educativo claro, cultivando o rigor e a exigência”.

Vítor Fernandes, do PCP, afirmou que o ranking “tem o seu papel e ser primeiro tem a sua importância”.

“Aprovámos na Assembleia Municipal uma saudação às escolas das Caldas que conseguiram estes resultados espetaculares, mas não nos iludamos, a massa cinzenta devia servir para o desenvolvimento da região e o que verificamos é que a nossa economia não está a aproveitar estes cérebros. Estes jovens vão-se embora para outros lados”, indicou.

José Carlos Abegão, do PS, condenou a situação de turmas com trinta alunos. “É muito difícil dar aulas assim e o trabalho que as escolas das Caldas fizeram foi louvável”, considerou. Elogiou também a média atingida pela Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, onde foi professor, e destacou o trabalho desenvolvido desde há vários anos na Raul Proença. “O Colégio Rainha D. Leonor também tido boas classificações, embora tenha descido um bocadinho. Mas estar junto das 50 melhores entre as 600 é mais do que bom”, referiu.

“A classificação da Bordalo Pinheiro é de uma competência extrema se tivermos em conta que um terço dos alunos é carenciado. Das 89 escolas à sua frente, só 6 é que têm mais alunos carenciados”, revelou.

Falou também na diferença dos rankings elaborados pelos órgãos de comunicação social. “No Público e no Correio da Manhã uma escola com 20 exames conta para o ranking, o que é uma vantagem enorme sobre as que fazem 200”, frisou. “O ranking do Expresso é melhor”, disse, apesar de ser contra o escalonamento das escolas porque “a realidade não é vista em pé de igualdade”.

Rui Gonçalves, do CDS-PP, orgulha-se do resultado das escolas das Caldas. “É tremendamente difícil nos dias que correm ser professor”, destacou. “Sou a favor dos rankings e não há metodologias que contemplem todas as circunstâncias, mas se não houvessem rankings não sabíamos que a Raul Proença, a Bordalo Pinheiro e o Colégio e o concelho no seu todo eram dos melhores do país”, comentou. “Tem também de ser dado mérito ao vereador da educação [no último mandato desempenhado pelo atual presidente da Câmara]”, considerou.

“Estamos num mundo em competição permanente e é importante as pessoas saberem em que lugar é que estão e para os que são mais fracos tentarem chegar lá acima”, declarou.

Alberto Pereira, do PSD, indicou que a análise do Expresso, que é o único jornal a revelar que Caldas da Rainha ocupa a primeira posição por concelhos nos resultados dos exames do secundário, vai ao ponto de pormenorizar que “o melhor desempenho dos alunos também tem a ver com os anos de escolaridade dos pais”.

“Caldas não é um concelho nem rico nem pobre e obtendo este resultado fantástico pode-se englobar nos parabéns o trabalho que vem do pré-escolar, que é da responsabilidade da Câmara em conjugação com os agrupamentos escolares, do 1º ciclo, onde até ao ano passado a Câmara tinha um papel muito importante por ser a promotora das atividades de enriquecimento curricular, o que ajudava na formação dos alunos, e depois do 2º e 3º ciclos”, descreveu.

“Também temos do lado da escola privada muita qualidade, felizmente”, ressalvou o novo vereador da Educação. “O Colégio Rainha D. Leonor tem 28% de alunos carenciados. A Raul Proença tem 19,4%”, indicou.

“O ranking tem o mérito de podermos falar destas coisas e se não nos tivesse corrido também nos obrigava a falar, para que as coisas pudessem melhorar”, sustentou.

“A Raul Proença é uma excelente escola. Não é pelo ranking, mas pelo trabalho pedagógico que faz. Estes resultados também se devem aos professores”, manifestou Alexandre Cunha, do BE.

“O ranking serve para mostrar as diferenças que existem entre as escolas e as regiões. Devia ser utilizado pelos Governos para identificar os desequilíbrios, aumentar a solidariedade e combater as diferenças”, defendeu.

O bloquista apontou depois o lado perverso do ranking: “Leva as escolas a fazer seleção dos alunos”.

Aproveitou para focar o “arranque ruinoso deste ano letivo”.

Francisco Gomes

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