A lista de convocados para ultrapassar o último obstáculo de Portugal rumo ao Campeonato do Mundo do Brasil era composta pelos seguintes jogadores: Guarda-redes – Beto (Sevilha), Eduardo (SC Braga) e Rui Patrício (Sporting); Defesas – João Pereira e Ricardo Costa (Valência), André Almeida (Benfica), Antunes (Málaga), Fábio Coentrão e Pepe (Real Madrid), Bruno Alves (Fenerbahçe) e Luís Neto (Zenit); Médios – Miguel Veloso (D. Kiev), William Carvalho (Sporting), Raul Meireles (Fenerbahçe), João Moutinho (Mónaco), Rúben Micael (SC Braga) e Josué (FC Porto); Avançados – Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Nani (Manchester United), Varela (FC Porto), Bruma (Galatasaray), Hélder Postiga (Valência), Hugo Almeida (Besiktas) e Éder (SC Braga).
Os treinos na Praia d’El Rey foram à porta fechada para o público, havendo apenas quinze minutos abertos aos jornalistas.
O secretismo imperou no último treino da selecção em Óbidos antes do primeiro (hoje, 19h45, RTP1), dos dois jogos do play-off de apuramento para o Mundial-2014, frente à Suécia, a tal ponto que, situação inédita, os jornalistas foram afastados do hotel na praia d’El Rey que aloja a equipa portuguesa, sendo assim impedidos de observar, como tem sido hábito, a chegada do apronto matinal.
A Federação Portuguesa de Futebol deu ordens à GNR para não permitir a presença de jornalistas no átrio exterior da unidade hoteleira, onde é costume a imprensa ficar colocada. Nem mesmo junto ao muro do parque de estacionamento os repórteres de imagem foram autorizados a permanecer, tendo que se deslocar para a estrada de acesso ao hotel, numa zona onde não se conseguia ver os atletas a saírem do autocarro após o treino. Não foi assim possível ficar a saber se algum deles se tinha lesionado ou sofrido alguma mazela no treino, como por exemplo aconteceu na véspera com o médio Miguel Veloso, que trazia uma ‘almofada’ de gelo em redor do joelho esquerdo, ou na terça-feira, quando o defesa Ricardo Costa, apareceu com gelo em redor do calcanhar direito.
Já desde o início do estágio que os jornalistas tinham sido obrigados a afastarem-se uma dezena de metros da entrada do hotel, para além de não terem condições dignas da cobertura da preparação para um importante jogo da selecção – na rua ao vento, com falta de mesas e cadeiras, levando à imaginação de cada um – por exemplo houve quem transformasse um vaso gigante num suporte para computador.
Esta aparente aversão à imprensa – que apenas podia assistir a quinze minutos do treino, onde basicamente se fazia o aquecimento – ganha maior dimensão quando este estágio concentrou as atenções não só da imprensa portuguesa, como da sueca e até espanhola.
Francisco Gomes
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