O Município das Caldas fez uma candidatura ao Programa Rampa e com base nessa aprovação, a empresa MPT, de planeamento e gestão da mobilidade, está a executar o plano que iniciou em setembro passado, devendo estar concluído em janeiro do próximo ano. Paula Teles, coordenadora do projeto, salientou que o documento tem como finalidade fazer “uma radiografia completa do território”, procurando “detetar problemas e barreiras arquitetónicas” e “apresentar soluções compatíveis com o espaço público e privado envolvente”. No final deste programa, a cidade das Caldas “vai saber qual a sua radiografia e qual o caminho a seguir”, afirmou Paula Teles.
O estudo, que tem o custo de 50 mil euros, vai conter o levantamento, o diagnóstico e as propostas em matéria de acessibilidade. Segundo referiu Paula Teles, a análise é feita em cinco áreas importantes: espaços públicos, edifícios, transportes, comunicação e infoacessibilidade). “Vamos entregar um documento completo para que o Município saiba exatamente qual a sua radiografia e qual o caminho a seguir em matéria estratégica”, explicou a mestre em Planeamento e Projeto do Ambiente Urbano, acrescentando que “a Câmara vai ter a noção clara das ruas acessíveis e inacessíveis e os custos associados às barreiras diagnosticadas”.
Serão detetados, ao pormenor, os problemas existentes e apresentadas as propostas de intervenção para dotar a cidade de condições próprias para projetar um município acessível para todos, com o intuito de proporcionar melhor qualidade de vida aos seus cidadãos”. O trabalho final será entregue em sistema de informação geográfica e terá uma tabela de custos à sua implementação.
O Plano Local e Municipal de Promoção da Acessibilidade vai ter uma calendarização e segundo Tinta Ferreira as obras serão feitas por fases e por grau de prioridade. “O objetivo é termos este plano para estarmos preparados para nos candidatarmos ao próximo quadro comunitário”, disse o autarca.
Além da sensibilização dos técnicos da Autarquia e de gabinetes locais de projeto, estão pensadas atividades para a comunidade educativa. Para o vereador Alberto Pereira, esta iniciativa “é um embrião na formação de novas gerações, para as tornar mais iguais e inclusivas”. “Vai transmitir aos mais jovens uma nova cultura de mobilidade que vai permitir conhecer a realidade”, declarou acrescentando que têm neste projeto um conjunto de atividades junto das escolas das Caldas. Para os alunos do pré-escolar e 1º ciclo, haverá um caderno de desenhos referentes à mobilidade e às dificuldades que existem. Para o 2º e 3º ciclo haverá a promoção de concurso de fotografia, de escrita e multimédia sobre a temática e para o secundário será feita uma simulação e monotorização de uma escola de acessibilidade e mobilidade para todos.
O autarca adiantou ainda que irão fazer uma apresentação dos desportos paralímpicos nas escolas.
O Plano Municipal de Promoção da Acessibilidade de Caldas da Rainha insere-se na Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, que abrange 107 municípios portugueses.
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