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Ilustradora caldense expõe trabalhos nas Caldas

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Sofia Ambrósio é natural das Caldas da Rainha, mas está a viver em Lisboa por estar a dar aulas ao 1º ciclo. Tirou o curso de professora do ensino básico, variante de EVT, e, só depois de já estar a exercer a profissão, tirou o curso de artes plásticas e vai agora apresentar os seus trabalhos dentro de um espaço que se dedica às artes, o Espaço CUBO, nas Caldas da Rainha. O tema desta exposição é “(co)habitar com o meu ser natural”, escolhido pela ilustradora, porque aborda a importância da “convivência saudável entre nós, o animal e a natureza”. Já fez publicações na capa da Revista B-Cultura da Bicicleta, no Livro Histórias d´Ajudaris, no jornal trimestral Balance Club e no cartaz da exposição de ilustrações das Histórias d´Ajudaris e também tem participado, todos os anos, na exposição de presépios das Gaeiras. O CUBO é um espaço que gosta de promover os artistas plásticos caldenses e tem sempre as portas abertas para aqueles que pretendem expor o seu trabalho ao público. A inauguração decorre no dia 16 de novembro a partir das 17 horas e a exposição estará a decorrer nesse mesmo espaço, situado na antiga fábrica de moagem de farinha até dia 29 de dezembro. Para além das ilustrações, estarão também disponíveis postais de natal, onde as pessoas podem ter o trabalho em ponto pequeno, e também uma das ilustrações em forma de puzzle. O JORNAL DAS CALDAS foi até ao CUBO e esteve à conversa com a ilustradora para saber um pouco mais sobre o seu trabalho.
Sofia Ambrósio junto a uma das suas obras

Quando surgiu este fascínio pela arte?

Desde pequenina. Sempre disse que queria ser pintora. É claro que os meus pais e as pessoas que me rodeavam começaram a tentar orientar-me noutro sentido porque no nosso país viver da arte é muito difícil. Depois ainda houve a possibilidade de também ir para veterinária, mas não. De facto o que me faz feliz são mesmo as artes.

Começou a fazer exposições de ilustração há quanto tempo?

De ilustração só há dois anos. E, de facto, desde que comecei têm surgido vários convites e isso tem-me surpreendido. E tenho pena de não ter mais tempo para me dedicar mais a esta área, mas fiz exposições aqui nas Caldas, Figueira da Foz, Coimbra, Estoril, agora vou fazer uma em Óbidos em dezembro. Mas a maior parte são exposições colectivas.

Quanto tempo demora a fazer uma ilustração?

Depende. O que demora mais tempo é a ideia, é o acto de criar. A partir do momento em que nós sabemos aquilo que vamos fazer depois é uma questão de pôr a técnica em prática. Cada técnica demora o seu tempo e depois, apesar de já termos idealizado uma coisa, surpreendemo-nos porque surgem novas ideias e acabamos por seguir outros caminhos.

Que tipo de técnica usa?

Eu trabalho, principalmente, com aguarela, colagem, desenho, acrílico. Gosto de misturar técnicas e de misturar materiais porque quando faço as colagens não me limito apenas a utilizar, por exemplo, os papéis, mas agora tenho utilizado bastante a lã ou a linha, a fazer pequenos apontamentos de crochet.

O que a inspira a ilustrar?

A natureza e o reino animal. Nós, nos dias que correm, vivemos no “meio do cimento” e da poluição e, às vezes, esquecemo-nos que temos que viver também em harmonia com a natureza.

Os temas das exposições são escolha sua ou da galeria?

Neste caso em concreto fui eu que escolhi o tema, realmente tem mesmo a ver comigo, mas tenho feito outras exposições em que me sugerem determinados temas.

E o que é mais difícil? Escolher um tema ou já ter um definido?

Quando nos dizem que podemos fazer o que quisermos, as possibilidades são muitas.

É difícil ser ilustradora em Portugal?

Ainda estou a tentar descobrir. Eu acho que qualquer disciplina das artes em Portugal é difícil. A ilustração, no meio de tudo isto, talvez seja uma área onde exista mais oportunidade. Principalmente na área da ilustração de livros infantis e juvenis. Também estou a tentar enveredar também por essa área. Agora vamos ver como as coisas correm. Acho que apesar da situação financeira que o país atravessa ainda se continua a dar importância à leitura, em oferecer um bom livro. Por isso, acredito que as coisas ainda dêem.

Conselhos para quem quer seguir esta área?

Batalhar muito, bater a muitas portas e não ficar parado. Fecha-se uma porta, vamos à procura de outra. Falar com muita gente, ver muitos trabalhos e começar a mexer-se no meio e, a partir daí, acredito que, quando o trabalho tem qualidade, as coisas começam a acontecer, mas começam a acontecer porque batalhamos, não podemos ficar sentados à espera que nos caia no colo.

Cátia Nunes

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