A frequência destes alunos é comparticipada, desde 2011, pelo Ministério da Segurança Social através dos fundos do POPH, mas “o modelo de financiamento tem desde o início levantado problemas”, criticou Aurélien Vieira Lino, aludindo aos “atrasos nas transferências” e a “cortes na apreciação de despesas” que têm provocado atrasos no pagamento dos salários aos 40 professores e 10 funcionários.
Além de ainda não ter recebido “o adiantamento relativo à candidatura para este ano letivo, que só foi apreciada em setembro e que deveria ter sido recebida em outubro”, o Conservatório não recebe qualquer verba do Estado ou do fundo social europeu “desde agosto, mês em que recebeu uma verba bastante inferior à média mensal”.
A média mensal, que oscila entre os 60 e 65 mil euros, “só foi recebida na íntegra em julho” e, desde então, “só tem sido possível manter as aulas com grande dedicação dos funcionários e professores, alguns dos quais fazem dezenas de quilómetros” para irem dar as aulas, sem receber.
Sem verba para pagar os ordenados, o Conservatório enviou à comunidade escolar um comunicado alertando para a possibilidade de os professores não comparecerem e de os alunos do ensino articulado ficarem sem aulas, apesar de estas serem parte integrante do horário escolar.
Contactado pela Lusa o diretor do Agrupamento de Escolas D. João II, Jorge Graça, disse esperar que “a situação seja resolvida rapidamente” e que não venham a ser afetados os cerca de 90 alunos do agrupamento que frequentam o conservatório.
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