Depois de analisadas todas as respostas, o executivo camarário irá avançar para a realização de uma auditoria.
O ex-presidente da Câmara da Nazaré, Jorge Barroso, do PSD, disse à agência Lusa não estar preocupado com a auditoria à câmara anunciada pelo seu sucessor, afirmando que em vinte anos de gestão não terá feito nada para lesar a população.
“Não me preocupa minimamente que seja feita qualquer auditoria e desafio-o a auditar todos os processos dos últimos vinte anos”, afirmou Jorge Barroso.
Walter Chicharro declarou que a dívida da autarquia é superior àquela de que tinha conhecimento (ascende a cerca de 40 milhões de euros) e criticou a gestão de Jorge Barroso, alegando que há risco de devolução de fundos comunitários e que existem alguns contratos de prestação de serviços ou de alugueres de espaço prejudiciais para o município.
Jorge Barroso refutou as acusações e assegurou que “a situação financeira da câmara está em condições de ser resolvida com o PAEL [Programa de Apoio à Economia Local]”, que só não foi enviado “para o Tribunal de Contas porque o PS sempre foi contra”. No anterior mandato entendeu-se, por isso, que deveria ser o socialista “a decidir se quer ou não avançar com o processo”.
Junta de Freguesia queixa-se de dívida anterior
Em comunicado à população, a Junta de Freguesia da Nazaré alerta que no dia 31 de outubro foi alvo de uma penhora de contas bancárias, relativa à dívida do anterior executivo da Junta.
“Esta penhora foi efetuada pela empresa JobiPiso, construtora do novo edifício sede, e tem como consequência a impossibilidade de movimentar as contas bancárias da Junta de Freguesia. Assim, a Junta não tem dinheiro disponível, nem acesso ao mesmo, facto que poderá provocar a paralisação da atividade”, descreve a autarquia, que acusa o anterior executivo PSD pela dívida de 90 mil euros.
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