A reorganização “permitiu a separação dos serviços de obstetrícia e ginecologia, aumentando as condições de conforto e privacidade das utentes durante o internamento hospitalar”, disse o presidente do conselho de administração, acrescentando que “a nova ala de Ginecologia, em funcionamento desde junho de 2013 na Unidade de Caldas da Rainha, permite tratar com mais qualidade e segurança as utentes da região Oeste”.
A fusão dos hospitais possibilitou a criação da nova ala de ginecologia, no espaço anteriormente ocupado pela ortopedia, que foi transferida para Torres Vedras. A nova área de internamento do serviço conta com 40 camas (um aumento de 23 para 27 camas na obstetrícia e 13 camas na ala de ginecologia).
A reestruturação implicou um investimento de 76 mil euros no serviço que, segundo o diretor, Jorge Ribeiro, “foi muito positivo na medida que agora com esta nova ala de ginecologia as senhoras internadas estão mais isoladas e têm mais privacidade, porque era muito aborrecido serem bombardeadas com choros de bebés”.
O internamento e a urgência do serviço de Ginecologia e Obstetrícia estão centralizados na unidades de Caldas da Rainha do CHO desde o dia 31 de maio, o que, segundo, Carlos Sá, “permitiu concentrar recursos materiais e humanas, de forma a manter uma equipa regular, mais diferenciada e capaz de melhorar a qualidade e a segurança dos serviços prestados”. A atividade cirúrgica convencional decorre na Unidade de Caldas da Rainha e a atividade cirúrgica de ambulatório mantém-se em Caldas e Torres Vedras.
A consulta externa do serviço de ginecologia e obstetrícia funciona nas unidades de Caldas e Torres Vedras, tendo sido reforçada em Torres Vedras com a criação da unidade de saúde da mulher (USM), um projeto multidisciplinar que visa a melhoria do acompanhamento da mulher. Inclui a nível da valência de obstetrícia de alto risco, consulta de bem-estar materno fetal (CTG) até às 38 semanas, cuidados no pós-parto, apoio na amamentação/cantinho da amamentação, curso de preparação para o parto, maternidade e paternidade. A nível da valência de ginecologia, consulta de ginecologia geral e as subespecialidades de planeamento familiar, patologia cervical, patologia endometrial e senologia.
A USM funciona atualmente nas anteriores instalações do serviço de ginecologia e obstetrícia de Torres Vedras, prevendo-se que, até ao final de novembro seja transferida para o edifício onde até agora funciona o centro de atendimento e tratamentos urgentes de Torres Vedras.
No hospital das Caldas desde janeiro foram efetuados 1057 partos.
Alguns enfermeiros vão ser dispensados
A remodelação estendeu-se, ainda, ao serviço de Pediatria, que desde o passado dia 7 conta com novas instalações para a consulta externa, num investimento de cerca de 10500 euros. Os novos gabinetes situam-se junto ao Serviço de Admissão de Doentes da Consulta Externa, estando assim mais acessíveis aos utentes que acorrem a este serviço do CHO.
Apesar da melhoria das condições de acesso às consultas, a responsável pela pediatria, Filomena Rebelo, admite que o serviço de neonatologia daquela unidade hospitalar necessita de “melhorias”. “Com a fusão resultou no aumento de atendimento de grávidas e mais bebés internados num espaço muito pequeno”, disse Filomena Rebelo, acrescentando que há “necessidade de aumentar o número de camas/berços” e de “separação de zonas de bebés infetados e não infetados”.
Carlos Sá adiantou conhecer a situação e informou já existir um estudo para que o problema possa ser resolvido com a maior brevidade possível.
Segundo, o diretor do Conselho de Administração do CHO, encontra-se em fase de concretização, na unidade de Torres Vedras, a implementação do hospital de dia pediátrico, “o qual permitirá um tratamento mais personalizado e evitará o afastamento do utente do ambiente familiar”.
O serviço de pediatria mantém a atividade da urgência, internamento (com 24 camas) e consulta externa nas unidades de Torres Vedras e Caldas da Rainha.
Carlos Sá disse que iniciaram durante este mês uma reorganização do horário de funcionamento dos diferentes serviços do CHO, com o objetivo de aumentar a capacidade de resposta. “Vamos passar a ter consultas todos dias se necessário e possível de manhã e à tarde. O mesmo acontece com as cirurgias, reformulámos os horários do bloco de modo a funcionar de manhã e à tarde, nas diversas especialidades”, apontou o responsável. Carlos Sá revelou ainda que a lista de espera para cirurgia está dentro da “normalidade” mas para poder aumentar o número de cirurgias “é preciso aumentar o número de médicos anestesistas. “Na área cirúrgica sem anestesistas não conseguimos fazer cirurgias”, apontou, adiantando que “já foram abertos concursos”. “Estamos a aguardar o processo de seleção e esperamos no início do próximo ano ter mais dois anestesistas”, acrescentou.
Quanto ao aumento do horário dos enfermeiros de 35 para 40 horas, Carlos Sá admite que vai refletir-se no despedimento de alguns enfermeiros do CHO, não revelando o número.
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