Durante esse período o ritmo foi mais alto e o Cesarense com quebras físicas deixou que os espaços aparecessem e a maior capacidade construtiva de futebol das raparigas da casa fez estragos logo no reatar da partida deixando depois caminho aberto para uma goleada.

Catarina Sousa fez um hat trick, a ponta de lança Maria Jesus apontou dois golos e Solange Carvalhas, que entrou quase no final da partida, ainda fez gosto ao pé e apontou o último golo.

O treinador do Cesarense, Alexandre Sousa afirmou que “o resultado é esclarecedor”, evidenciando que a equipa de A-dos-Francos “foi superior”.

O técnico adversário, que está a tentar a manutenção na primeira divisão, confessou que está com dificuldades no início de época. “Começámos há um mês e não temos atletas. A maior parte das atletas que temos são sub 18. A condição física está a prejudicar bastante e nós numa primeira divisão precisamos de mais ritmo. Durante a primeira parte passámos muito tempo no processo defensivo e é mais desgastante”, explicou Alexandre Sousa.

Com menores preocupações está Paulo Sousa, treinador de A-dos-Francos, que este ano tem boas jogadoras e tem essencialmente banco, o que se traduz num plantel mais equilibrado e dinâmico.

“Foi uma vitória expressiva, num jogo em que a primeira parte não foi muito bem jogada, porque entrámos em quezílias com a equipa adversária. Elas estavam sistematicamente a receber assistência. Na segunda parte marcámos o 2-0 cedo e a partir daí elas deixaram de cair, houve menos paragens, mais fluidez, mais tempo de jogo corrido, logo os espaços foram aparecendo e o resultado foi crescendo”, explicou o técnico.

Ao fim de três jornadas, três vitórias, sendo a última com uma goleada, o que eleva o espírito para uma deslocação na próxima semana ao campo do Vilaverdense, com cerca de seis horas de autocarro.

“A viagem é desgastante, porque temos de sair pelas 7h30 da manhã, mas vamos em busca de um resultado positivo”, indicou Paulo Sousa.

Carlos Barroso