Segundo a queixosa, a praga de moscas começou a aparecer a 24 de setembro e no dia seguinte a situação piorou de tal forma que foi obrigada a chamar a GNR de Óbidos. “O agente veio à minha casa viu que realmente havia um surto de moscas, fez o relatório e disse-me para contatar a delegação de saúde”, disse Rosa Oliveira, revelando que foi duas vezes ao Centro de Saúde de Óbidos para falar com a delegada de saúde, que não estava presente. Alega que foi obrigada a pedir ajuda a amigos para combater o surto. “Vivi uma semana com a praga e se não fosse Conceição Rocha, uma senhora amiga que me tem ajudado quando eu preciso, acho que tinha morrido com tanta mosca”, declarou a queixosa.
Conceição Rocha, residente na zona das Gaeiras, costuma dar apoio a Rosa Oliveira que vive sozinha e não tem filhos. Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS confirma o surto que invadiu a casa da idosa. “Eu e o meu marido colocámos mais de cinquenta fitas pega moscas, borrifámos tudo com o spray para matar insetos e até colocámos creolina”, revelou, adiantando que “nunca vi uma coisa daquelas”. “Ela não conseguia cozinhar na casa do forno e houve uma altura que se fechou em casa porque se abrisse a porta entravam logo centenas de moscas”, adiantou.
Conceição Rocha sustenta que foi duas vezes com a queixosa ao Centro de Saúde e disseram-lhe que a delegada de saúde não estava. “Eu só consegui falar com a delegada de saúde pelo telefone na passada sexta-feira e ela disse-me que era competência do veterinário da Câmara e que ele só podia ir ao local na quarta-feira”, apontou,Conceição Rocha que não entende como é que “depois da ocorrência da GNR e das idas ao Centro de Saúde deixando recados da situação”, ninguém foi à casa da idosa.
Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, a delegada de saúde, Fátima Pais confirmou a entrada da queixa na delegação, revelando que foram avaliar o local na passada segunda-feira e que está a ser elaborado um parecer.
O veterinário da Câmara de Óbidos, João Almeida, acompanhado pela técnica ambiental, deslocaram-se à casa da queixosa na segunda-feira e verificaram que foi uma situação “isolada”, referindo que “é normal acontecer nesta época do ano”. Segundo o gabinete de comunicação da autarquia, na altura da deslocação do veterinário Rosa Oliveira não estava em casa. Falaram com os vizinhos e verificaram que a situação estava controlada.“Não se trata de um surto mas sim de uma situação isolada”, disseram os técnicos, garantindo que vão estar atentos à situação “para averiguar se existe alguma anormalidade na localidade”.
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