“O kart adaptado para pessoas com mobilidade reduzida permitirá que a prática do karting seja também uma realidade para deficientes físicos de certo grau, incluindo paraplégicos, mesmo para competição, a quem queremos a dar oportunidade de conseguirem ter a satisfação do domínio da máquina”, afirmou Pedro Couto, gerente do Indoor Karting, na Zona Industrial.
“O kart mantém as mesmas características e a única diferença é que o acelerador e o travão, que normalmente estão no pé, agora estão na zona do volante”, indicou. Os responsáveis do Indoor Karting acreditam que o kart adaptado vai ser um sucesso. Com a divulgação mais pessoas com mobilidade reduzida vão aparecer para experimentar e até que há quem não tenha deficiência física e que já mostrou interesse em também testar o veículo.
A transformação do kart esteve a cargo de Carlos Surgy, que revelou “quando era jovem corri de mota e alguns amigos devido a acidente ficaram paraplégicos e lembro-me da grande pena que eles tinham em não poderem competir”, pelo que “quis fazer um veículo “com as mesmas possibilidades de um kart normal”. “Até poderá ter ligeira vantagem porque é mais rápida a resposta no acelerador na mão do que no pé”, admitiu.
Sérgio Miguel, 41 anos, foi o primeiro a experimentar o kart adaptado. Tetraplégico, com paralisação total dos membros inferiores e parcial dos membros superiores, disse ter ficado “muito contente por haver uma oportunidade destas”, que proporciona “uma experiência divertida”. “O acelerador e o travão a serem utilizados com as mãos abrem um outro mundo a pessoas que tenham mobilidade reduzida”, comentou.
João Pedro, de 13 anos, com espinha bífida e outras deficiências permanentes, também correu no kart e adaptou-se bem às funcionalidades instaladas.
Francisco Gomes
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