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Equipa sénior de voleibol do Sporting das Caldas com época ambiciosa

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A equipa sénior de voleibol do Sporting Clube das Caldas (SCC) foi apresentada na noite do dia 2 de outubro, no restaurante Pachá, e mostrou-se ambiciosa com a meta para este ano - ficar nos seis primeiros lugares. Os caldenses pretendem realizar uma temporada tranquila, apesar das saídas e das novas contratações. “Temos alguns reforços, porque tivemos saídas. Temos reforços que são mais valias, porque teremos um campeonato mais competitivo do que no ano passado. O nosso objetivo é ficar nos seis primeiros lugares, mas para isso teremos de trabalhar. Eu assumo que vamos a todos os jogos para vencer”, disse Júlio Reis, técnico do SCC. O SCC está na primeira divisão de voleibol há três anos seguidos e a sua ambição tem subido de patamar de ano para ano.
O presidente do SCC ambiciona ser campeão nacional mas é realista

“Quando queríamos chegar à primeira divisão chamavam-nos utópicos. Começámos na terceira e tivemos de subir cinco divisões. Chegamos à primeira e continuamos cá. Eu terminaria a minha carreira se conseguir levar o SCC a vencer uma vez o título nacional. Andamos a trabalhar para isso e vamos lá chegar. Espero que essa palavra seja cumprida e não seja num tempo longínquo”, afirmou o treinador.

Para atingir essa meta, o SCC precisa de continuar a apostar na formação, algo que Júlio Reis diz ser fundamental.

“Queremos continuar a apostar na formação. Temos uma equipa jovem com capacidade para daqui a alguns anos conseguirmos esse objetivo”, assegura.

Mais prudente nessa meta está o presidente do clube. Carlos Santos julga que a cidade não tem capacidade para segurar os talentos criados na formação.

“Temos atletas que foram estudar para fora, foram para as universidades. Foram trabalhar para longe. Assim vemo-nos privados de atletas que tínhamos. Não podemos acompanhar os valores de pagamento que eles pedem e outros clubes oferecem. Temos um orçamento muito rigoroso e cada vez mais é preciso controlar. Não podemos entrar em euforias”, manifestou.

“Sermos campeões nacionais é muito difícil porque enquanto o Benfica e outras equipas tiverem centenas de milhares de euros para dispor aos jogadores, nós teremos muita dificuldade”, comentou.

“O SCC já deu atletas para a seleção nacional. Neste momento os nossos atletas estão a ser procurados por outros clubes. Só seremos campeões se tivermos um patrocinador grande que nos permita segurar os nossos atletas”, declarou Carlos Santos.

Com as saídas este ano o clube foi buscar novos atletas, com um orçamento rigoroso. “Fomos buscar outros bons atletas. Fomos buscar atletas conhecidos que já jogavam na segunda divisão, em Coimbra, Lisboa, Marinha. Conseguimos as posições que pretendíamos. As coisas estão a rolar bem e pensamos que com este lote de atletas vamos continuar ao mesmo nível”, disse.

Carlos Santos queixou-se que os apoios das empresas escasseiam e só a ajuda da autarquia leva a modalidade a continuar.

“Continua a não haver das empresas. Temos alguns patrocínios com refeições para os atletas e instalações, mas dinheiro para as despesas não temos muito. Estamos dependentes da câmara. Tivemos um ajustamento este ano, com mais dez por cento e é com isso que iremos viver”, referiu, explicando que este ano por alterações da federação de voleibol, terá de ser o clube a pagar as deslocações à Madeira e aos Açores.

“Agora teremos de arranjar mais de oito mil euros na aquisição de bilhetes para irmos jogar às ilhas. Esta verba não estava prevista. Se quisermos continuar teremos de ser muito sérios”, sublinhou.

Nesta apresentação esteve o presidente da câmara, Tinta Ferreira, que divulgou o acordo com um contrato programa com o SCC e ainda a garantia de que a edilidade irá continuar a criar condições para o clube e outros continuarem a desenvolver a sua atividade.

“A câmara não tem grandes receitas e por isso vai construindo um conjunto de infraestruturas e dando algumas ajudas, que permite aos clubes desenvolver o seu trabalho. Se trabalharem bem conseguem atingir bons objetivos, se não trabalharem não conseguem. Isso tem proporcionado a algumas modalidades atingir bons resultados e por vezes alguns milagres, só possíveis pela capacidade e nível das pessoas que estão envolvidas. O dinheiro é o possível, mas fica aquém de câmaras que têm outras receitas”, explicou.

“O clube tem agora um contrato programa, que permite ter a noção daquilo que pode receber e em que momento. Agora sabe quais são as regras e como elas funcionam”, reforçou.

Tinta Ferreira lembrou que o clube foi construindo uma equipa familiar, passando “meta a meta e patamar a patamar”. “A seguir ao futebol, o voleibol é a modalidade das mais vistas no país. Há atletas que passam pelo SCC e que vão à sua vida e depois regressam. Isso é importante. Espero que atinjam o melhor resultado possível e ficarei muito satisfeito se ficarem na primeira divisão e saltar para a poule final”, sustentou o autarca.

Durante a apresentação foi lembrado o trabalho desenvolvido por João Margarido, estando presente Mário Tavares, dirigente do SCC, que desejou que autarquia continue a apoiar.

Também José Augusto, dirigente do clube, pediu para que a câmara olhe para o SCC. Por esse facto o vereador do desporto, Alberto Pereira, anunciou a colocação de um novo piso no pavilhão Rainha D. Leonor no próximo verão e o desejo de festejar a obtenção de uma boa classificação.

À margem da apresentação foi falada a possibilidade do SCC treinar e jogar em partidas televisionadas, no Centro de Alto Rendimento do Badminton, mas o presidente da câmara lembrou que o espaço foi construído por fundos comunitários que ditam as regras. As despesas deste espaço são asseguradas pela federação de badminton que ainda terá de realizar um modelo de gestão. Quando tal acontecer, poderá a autarquia contribuir na gestão, o que de certa forma preocupa, uma vez que o centro de alto rendimento tem um conjunto significativo de despesas e manutenção, muito superior em relação aos restantes pavilhões da cidade.

Carlos Barroso

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