A atual SCC até 1949 foi uma delegação da Sociedade Columbófila do Centro de Portugal, com sede na cidade de Lisboa, cuja quase exclusiva essência eram concursos com pombos. A partir dos finais da década de 50 começou um processo lento cujo objetivo era a obtenção de verbas que permitissem dar maior visibilidade à prática da columbofilia na sociedade caldense, sendo que uma das prioridades foi a aquisição de um edifício para sede própria.
Um grupo de sócios começou a realizar os célebres bailes no Lisbonense, que ganharam prestígio e geraram fundos que ajudaram a continuação do sonho, materializado em 1977 com a aquisição do edifício da sede. Foi construído um pavilhão desportivo, um dos primeiros da cidade, que serviu para bailes de Carnaval e passagem de ano.
“Viveram-se momentos complicados para pagamento do crédito bancário, mas nos anos 90 conseguiu-se liquidar o empréstimo”, recordou Carlos Luís, que apontou que os columbófilos caldenses têm tido “resultados de destaque até a nível internacional”.
José Terezo, presidente da Federação Portuguesa de Columbofilia e da Federação Internacional de Columbofilia, emocionado com a cerimónia, entregou diversos galardões, entre os quais a medalha dourada com colar (galardão máximo da columbofilia) pelos serviços relevantes prestados pela SCC à columbofilia.
Foi entregue um galardão da Federação Internacional à Câmara das Caldas, para além de símbolos às juntas de Nossa Senhora do Pópulo e de Santo Onofre, à Associação de Columbofilia do Distrito de Leiria, ao Exército, à assembleia municipal das Caldas e a elementos ligados à columbofilia caldense. Foi ainda feito um agradecimento a Fernando Costa, presidente da Câmara das Caldas com mandato suspenso, que recebeu uma brochura em banda desenhada sobre columbofilia da autoria de José Terezo. “Foi o esteio das exposições nacionais e ibéricas nesta cidade”, disse o presidente da federação a Fernando Costa.
Vasco Oliveira, presidente da assembleia geral do SCC e presidente da Junta de Nossa Senhora do Pópulo, após vários cumprimentos, fez um agradecimento especial a Lalanda Ribeiro, que “foi o primeiro presidente da Câmara contatado para as obras do pavilhão nos anos 70”, tendo sido impulsionador das mesmas. Vasco Oliveira aproveitou para fazer um balanço, em jeito de despedida, das suas funções de presidente da autarquia de Nossa Senhora do Pópulo.
Tinta Ferreira, presidente da Câmara, disse ser “uma grande honra estar na comemoração de uma data tão bonita como os 75 de uma coletividade”. “Foi uma casa sempre em trabalho permanente e não se confinou apenas à prática desportiva relacionada com o pombo. Representa para os caldenses momentos de convívio culturais e desportivos de outra ordem”, salientou.
Os nomes de António Alfredo Aniceto, sócio nº1, e João Fernandes Carregal foram elogiados por Luís Oliveira, ex-presidente da SCC e autor do projeto das obras do pavilhão, como referências da columbofilia caldense.
Nesse sábado foi efetuada uma romagem ao cemitério velho para homenagear os sócios falecidos, colocando uma coroa de flores na campa de um sócio fundador e fazendo uma solta de pombos. Após o almoço no pavilhão da coletividade foram distinguidos os sócios com 25 e 50 anos de associados com os emblemas de prata e ouro, respetivamente. Foram ainda entregues os prémios da campanha desportiva de 2013.
Francisco Gomes
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