Paulo Niemeyer partilhou a sua perspetiva e trabalho com a assistência, reforçando a importância e a influência do seu bisavô, Óscar Niemeyer, com quem viveu, desenhou e posteriormente colaborou em vários projetos. Referiu que a arquitetura portuguesa teve influência no seu bisavô, o que por conseguinte também se refletiu no seu trabalho. Abordou a importância da sustentabilidade dos seus projetos, dos espaços verdes e da importância que os arquitetos podem ter na organização e no planeamento das cidades, contribuindo para a fixação das pessoas de forma a lutar contra o êxodo diário dos habitantes das zonas rurais para as grandes cidades.
Falou ainda sobre a importância do turismo como motor da economia, mostrando que pode ter a capacidade de regenerar uma cidade. Confrontado sobre a influência da classe criativa na regeneração urbana e social, Niemeyer respondeu: “Concordo e apoio. Os edifícios podem ser um veículo para que os talentos possam desenvolver as suas ideias…é uma parte de um conjunto de iniciativas que podem contribuir para melhorar as condições da cidade. Há que criar mecanismos que facilitem a fixação e mobilidade das pessoas, como por exemplo evitar andar de carro”.
No final da conferência, a assistência teve oportunidade de conversar informalmente com o arquiteto, ao mesmo tempo que degustaram de um coffee break patrocinado pela Maçã de Alcobaça, Oficina do Biscoito e Mercado Biológico de Óbidos.
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