Na homilia, o sacerdote desafiou os cristãos a gerir corretamente não só aquilo que é seu, mas também aquilo que lhe é confiado. “Depois de meditarmos a liturgia de hoje, chegamos a uma brilhante conclusão: O cristão é aquele que está no mundo, mas não é do mundo; quando nós queremos servir a dois senhores, quando queremos colocar o ter acima do próprio ser, normalmente sai disparate”, assegurou o responsável.
O padre Luís Pedro alertou os crentes para o caminho certo a percorrer, revelando que “o perdão, o amor e a misericórdia de Deus na nossa vida, não nos é dada pelos homens é nos dada por Cristo Jesus, nada mais”, e por isso “todos nós certamente já passamos pela situação de sermos bons e maus administradores, de errarmos e reconhecermos esse mesmo erro”. “O homem não pode querer colocar o ser e o ter, e nós normalmente vivemos muito aquilo que temos e certamente pouco daquilo que somos”, sustentou o pároco aniversariante questionando os fiéis: Onde está a parte humana e a parte cristã? É o carro, é a casa que nos dá essas duas partes? É o termos mais ou menos que nos faz pessoas destintas?”. Intercedendo a Deus pelo auxílio e o “apelo à oração”, o sacerdote convocou os cristãos presentes a serem “coerentes” e a descobrirem segundo a consciência cristã, “o dom do discernimento”.
“Estou internamente grato a esta paróquia, mas não pedi para vir, e isso dá-me sempre uma certa tranquilidade, dá-me outra forma de estar e liberdade, foi Deus que me colocou aqui, dou graças a Deus por estar”, manifestou o responsável da Paróquia de Santa Catarina no final da missa festiva, justificando “quando nós pedimos alguma coisa, depois temos de pesar na balança para ver se foi bom se foi mau, quando não pedimos e Deus nos coloca é completamente diferente”.
Em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, o presbítero Luís Pedro fez uma análise positiva dos dois primeiros anos de ação pastoral em Santa Catarina, exteriorizando com alegria e surpresa a “grande paróquia com uma prática cristã quase de 100%”. O responsável tem como prioridade a formação, e nesse campo tem concretizado um grande trabalho junto dos Ministros Extraordinários da Comunhão e dos Acólitos.
Apesar da dimensão e da diversidade de atividades de âmbito paroquial, o sacerdote afirma que não é difícil trabalhar em Santa Catarina. “A paróquia é bastante dinâmica, tem muitos lugares de culto e acolhe mais de 400 crianças na catequese”, salientou o sacerdote sublinhando que como existe uma estrutura “forte e bem organizada” na comunidade paroquial e a “prática cristã é muito elevada”, “dá-me certamente motivos de grande alegria”. O responsável destacou também o “forte acolhimento e entrega” das pessoas, “pois vim para aqui sem conhecer, entregando-me de forma total, como sempre o fiz”. Para o padre Luís Pedro este ano, Ano da Fé, é motivo de “alegria redobrada”, pois em 13 anos de sacerdócio, pela primeira vez tenho um acólito no seminário, o Miguel aqui em Santa Catarina.
Hermínio Maçãs foi lembrado nas intenções da missa dominical em Santa Catarina, após alguns dias do seu funeral nas Caldas da Rainha. O pároco ao JORNAL DAS CALDAS recordou como “um bom cristão” que para além de advogado do Centro Social, era também responsável do coro paroquial. “Houve um abanão, porque depois de uma eternidade de anos no coro, onde fez um trabalho exemplar, teve de deixar devido à doença perlongada”. O sacerdote realça Hermínio Maças como um cristão que fez a sua vida como uma grande entrega, “uma pessoa muito querida e estimada na vila, um homem dedicado e com uma aceitação enorme na comunidade paroquial”.
Luís Filipe Nogueira da Fonseca Pedro foi ordenado por D. Manuel Pelino, Bispo da Diocese de Santarém, na Sé de Santarém no ano de 2000. A sua caminhada na formação para o sacerdócio foi administrada no Seminário Patriarcal de Almada, contanto como diretor espiritual o cónego Joaquim Duarte, com quem trabalha atualmente na paróquia de Caldas da Rainha, concluindo no Seminário de Cristo Rei dos Olivais em Lisboa. Em 2010 o presbítero transferiu-se como colaborador para a paróquia de Nossa Senhora do Pópulo de Caldas da Rainha, a título expresso de D. José Policarpo. Desde há dois anos e até ao momento integra a equipa pastoral na comunidade paroquial de Caldas como coadjutor, juntando-se na mesma função ao padre Miguel Pereira, também na paróquia do Coto.
O dia festivo terminou com um almoço-convívio no Centro Pastoral de Santa Catarina juntando os cristãos, familiares e amigos, de Santarém e Caldas, em momentos de confraternização. Aproveitando a ocasião para interagir com a população, estiveram presentes os candidatos de Caldas da Rainha às Eleições Autárquicas 2013, Rui Rocha do CDS e Vera Machado do PSD, à junta de freguesia, acompanhados pelos concorrentes à câmara municipal Manuel Isaque e Tinta Ferreira com as suas equipas.
Também o padre Joaquim Nazaré presente no convívio, natural da freguesia de Santa Catarina e Assistente do Setor de Caldas da Rainha das Equipas de Nossa Senhora, disse ao JORNAL DAS CALDAS qualificando Hermínio Maçãs como “uma pessoa extraordinária em termos de disponibilidade e generosidade”, sempre dedicada, disponível para colaborar e servir”. “Foi certamente um homem de causas, que sempre se dedicou até poder, ao serviço ao próximo, e no movimento de espiritualidade conjugal deu excelentes colaborações como pessoa e particularmente nos seus dotes musicais”, revelou o sacerdote caldense. “É uma grande perda para todos, cristãos e não só, mas nós acreditamos sempre que ninguém é insubstituível, mas às vezes há pessoas difíceis de substituir”, concluiu o também capelão da Marinha Portuguesa.
João Polónia
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