Na segunda-feira, fez uma ação sobre a modernização da linha do Oeste e sobre os transportes públicos.
Na terça-feira, contou com a presença de Catarina Martins coordenadora da Comissão Política do Bloco de Esquerda que visitou a Praça da Fruta e participou na ação “Sessão de Entrega do Prémio Bactéria de Ouro para o melhor contribuinte para a destruição do Hospital Termal”.
Na quarta-feira, o Bloco vai fazer a pintura de uma casa abandonada.
Na quinta-feira, o Bloco de Esquerda dedicará o dia à cultura e o mandatário da campanha Fernando Poeiras, professor na ESAD, participará de uma sessão de debate sobre “criatividade, cultura e educação”, às 21.30 na sede do Bloco de Esquerda no Centro Comercial Avenida.
No último dia de campanha, o Bloco vai despedir-se “das grandes obras de Fernando Costa” com “uma visita guiada a estes monumentos”. O roteiro inclui o “grande Parque Tecnológico, a requalificação da Zona Industrial, saneamento da ETAR das Águas Santas, a requalificação da urbanização em frente à EDP, dragagem da Lagoa”. Uma placa comemorativa “relativamente à obra destes 27 anos” será descerrada nesta ocasião.
Para o BE, o “Parque Tecnológico” foi “uma operação de propaganda”, com “investimento em infraestruturas e nenhuma empresa instalada”.
Sobre a Zona Industrial, considera que houve “uma requalificação minimalista com alcatroamento de duas estradas, com grande pontaria e assertividade, já que por coincidência nas zonas com mais empresas fechadas e falidas”, denunciando ainda a “falta de sinalética e iluminação adequada”.
Quanto à ETAR das Águas Santas, aponta haver “saneamento incompleto, instalações subdimensionadas para o tratamento capaz dos esgotos urbanos e industriais, e descargas pontuais de esgotos não tratados para o Braço da Barrosa, da Lagoa de Óbidos”.
“Grafitti Park”, é assim classificada a “urbanização inacabada, em frente à EDP e a caminho da ESAD, transformada num bairro fantasma”. “As marcas da violência urbana sublinham a condição suburbana de abandono e exclusão. À falta de habitação social, estes prédios transformaram-se na residência precária da população sem-abrigo da cidade”, refere o BE.
Os bloquistas caldenses defendem que os edifícios de habitação junto ao CCC, ainda em construção, “deviam ser transformados num grande hotel que viabilizasse a oferta de congressos deste equipamento cultural”.
Quanto à Lagoa de Óbidos, acusam: “Nos últimos 27 anos a Lagoa de Óbidos foi negligenciada pelo poder local. As dragagens pontuais nunca resolveram os problemas provocados pelo assoreamento permanente. O agravamento das condições ambientais não potencia as condições de pesca e da captura de bivalves ou da aquacultura, bem como da atividade turística ou da oferta de desportos náuticos não motorizados”.
Simbolicamente, a última ação de campanha será um encontro com pescadores e mariscadores sobre os problemas da Lagoa.
À procura do Orçamento Participativo
“Onde estão as hortas urbanas? Onde está a marca “Praça da Fruta” que devia potenciar a produção local? Onde está o orçamento participativo do ano passado? Onde está o processo de orçamento participativo deste ano que já deveria ter começado?”
As questões são colocadas pelo BE caldense, que assume ter sido “um dos principais impulsionadores do processo de orçamento participativo nas Caldas da Rainha”. “Hoje, o processo encontra-se parado e desinvestido. O atual executivo encara-o como algo sem interesse e outros reduzem-no apenas a uma moda. O BE acredita, pelo contrário, que o Orçamento Participativo é parte de uma dimensão da democracia que é preciso construir e aprofundar a nível local, para responder à crise”, manifestam os bloquistas.
Francisco Gomes
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