“Curiosamente não tivemos aqui nenhum atleta nas seleções nacionais que fosse das Caldas da Rainha. Interessa dar atenção no que diz respeito ao desenvolvimento da modalidade aqui. Isso não é exclusiva responsabilidade da federação. Interessa que haja parceiros que criem estas sinergias para que tenhamos aqui o desenvolvimento de programas”, desafiou.
Comungando da mesma opinião, o vereador do desporto referiu que a autarquia está atenta e disponível para receber projetos que dinamizem o desporto e a juventude.
“Estamos sempre disponíveis para colaborar. Este evento é também comparticipado substancialmente pela câmara municipal. Temos aqui excelentes condições que precisamos de otimizar e para isso teremos de estar sempre atentos a todas as propostas que nos aparecerem. Queremos ir atrás de oportunidades para as Caldas, para criarmos eventos em várias modalidades, que permitam criar impactos importantes na economia da região”, disse Alberto Pereira.
“A juventude que participa em eventos desportivos que são organizados nas Caldas vai gostar de cá voltar um dia. Tivemos uma sorte com o tempo magnífico, o que levou ao deslumbramento de todos. Todos gostaram das Caldas da Rainha e da região Oeste. Muitos foram à praia. Um dia voltarão e isso contribuirá para o desenvolvimento do turismo e da economia”, declarou o autarca, que calcula que tenham estado cerca de 300 estrangeiros na região devido a este evento.
Uma das apostas de sinergias é já o campeonato nacional de orientação, que Caldas irá receber em conjunto com os municípios de Óbidos e Peniche.
“Com os concelhos à volta vamos trabalhar de uma forma assertiva para captar eventos”, concluiu Alberto Pereira.
Durante o apuramento, a participação nacional foi modesta, ficando a meio da tabela classificativa, mas Manuel Barroso acredita que até ao final do ciclo olímpico poderá haver uma inversão.
“Este desporto precisa de ser entendido. Nós como federação pequena e com poucos recursos e meios, estamos a ter dificuldades no processo da nova formatação internacional com a inclusão dos equipamentos de lazer. São muito caros. Aqui tivemos equipamento que foi todo alugado e estamos gradualmente a equipar as nossas seleções. Temos uma geração jovem de talento e que competiu aqui. Há uma atleta, a Maria Migueis Teixeira, que já foi oitava na sua categoria de juvenil. Estamos próximos do pódio. É necessário que continuemos a fazer o nosso trabalho. Julgo que até ao fim do ciclo olímpico possamos ter resultados interessantes”, manifestou.
Na prova individual feminina, Beatriz Coelho ocupou o 41º lugar, Bruna Costa ocupou a 36ª posição, Rafaela Almeida a 35ª posição, Maria Migueis a 24ª posição, num pódio ocupado pela lituana Aurelija tamasauskaite, seguida da britânica Eilidh Prise e da russa Adelina Ibatullina.
Na prova masculina, Pedro Valido ficou em 32º lugar, José Saraiva ocupou o 31º lugar e Daniel Lopes obteve o melhor resultado entre os portugueses, ao ocupar o 19º lugar, numa prova vencida pelo russo Danila Glavatskikh, ficando em segundo Gianluca Micozzi e em terceiro outro russo, Aleksander Lifanov.
Na prova de combinado, em que jogaram todos os atletas em pares combinados, não nos foi fornecida informação da posição dos atletas nacionais, tendo vencido a dupla da Bielorrússia, seguida da dupla italiana que venceu ao sprint os ucranianos, que ficaram em terceiro.
Estiveram nas Caldas cerca de cem 100 atletas de ambos os sexos em representação de 20 países, envolvendo todos os principais competidores da modalidade, com destaque para a Rússia, Lituânia, Bielorrússia, República Checa, Hungria, Itália, Inglaterra, França e Ucrânia.
A competição foi disputada em três dias consecutivos com os atletas a realizarem na mesma jornada provas nas disciplinas de Esgrima, Natação e Combinado (prova que combina as disciplinas de Tiro de Pistola Laser e Corrida).
Carlos Barroso
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