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CDU acusa PSD de usar concessão das águas termais para a campanha autárquica

Marlene Sousa

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“Toda esta situação à volta da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) querer retirar a concessão da água termal das Caldas da Rainha ao Centro Hospitalar do Oeste (CHO) por falta de idoneidade técnica e financeira e entregá-la à Câmara das Caldas está muito obscura”. Palavras dos candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal das Caldas da Rainha que, em conferência de imprensa na passada sexta-feira na sede do Partido Comunista, criticaram a pressa e forma como o assunto está a ser conduzido.
Candidatos da CDU classificam os últimos acontecimentos como “muito obscuros”.

Segundo Vítor Fernandes, “tudo isto dá a ideia de que o PSD está a jogar forte na concessão das águas para a campanha das eleições autárquicas, embora o dr. Tinta Ferreira tenha dito que é preciso um consenso”. “Retirar a concessão das águas ao CHO e dar à câmara tem que ser uma decisão bem ponderada e todas as partes têm que ser ouvidas”, disse o candidato da CDU à Assembleia Municipal, questionando “qual a urgência de aprovar a concessão com a Câmara?”.

Vítor Fernandes não compreende como se pode tomar uma decisão destas a pouco mais de meia dúzia de dias das eleições comprometendo o novo executivo “seja ele qual for”. “Cheira a querer fazer o favor a alguém e o PSD ir para as eleições como o salvador do termalismo das Caldas”, revelou o candidato. O receio dos candidatos comunistas é que a Câmara “assuma e faça os investimentos necessários e depois haja uma transição manhosa para privados”.

O cabeça de lista à Câmara Municipal acha muito estranho as declarações do diretor de serviços da DGEG, José Alcântara Cruz, quando diz que é preciso construir um novo balneário termal face às deficiências que existem no próprio edifício do Hospital Termal. “Onde está a avaliação que sustenta que houve falta de idoneidade e quem disse que é necessário um novo edifício”, interrogou José Carlos Faria, acrescentando que “aquilo é um hospital, não estamos a falar de spas, por isso gostava de saber a fundamentação que tem para dizer que o hospital termal não serve”. O candidato considera também que a componente terapêutica das águas está a ser subestimada.

Responsabilizar quem errou

Os candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal das Caldas que estiveram presentes na reunião na segunda comissão pediram ao diretor dos serviços do DGEG esclarecimentos sobre o que “o levou a querer nesta altura e repentinamente retirar as águas termais ao CHO”. Por não ter “idoneidade financeira sabemos que há falta de dinheiro, mas por falta de idoneidade técnica é mais grave”, disse Vítor Fernandes, acrescentando que se houve erros técnicos praticados pelas várias administrações do Hospital e que foram chamadas à atenção e que não corrigiram, então onde é que estão os processos disciplinares a essas pessoas”.

Os candidatos da CDU defendem que devem ser tomadas medidas “disciplinares e os responsáveis responsabilizados”. Também acham estranho que a retirada da concessão de águas ao CHO tenha sido anunciada por um diretor de serviços e não por um ministro da tutela.

Vítor Fernandes também não compreende porque é que o atual administrador do CHO, Carlos Sá, ainda não se tenha pronunciado sobre a retirada da concessão da água termal.

Os comunistas admitem uma gestão autónoma, referindo que até pode ser recomendável uma parceria entre a Câmara e o Ministério da Saúde. “Também pode acontecer a gestão privada da água termal, desde que seja supletiva, que não ponha em causa o caráter estruturante do Hospital Termal”, apontou Vítor Fernandes.

O candidato à Assembleia Municipal defende ainda que se deve esperar pelas conclusões do trabalho que está a ser feito pela Comissão de Acompanhamento do Hospital Termal que foi criada no dia 15 de maio deste ano. No entanto, mantém a posição de que não põe de parte “uma solução que passe pela participação da Câmara das Caldas, mas sempre com um protocolo com o CHO e integrado no SNS”.

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