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CDS-PP quer novo modelo para o termalismo caldense

Marlene Sousa

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“O modelo que houve para o Termalismo faliu. Tem que abrir com outro paradigma e outra gestão para que o termalismo nas Caldas da Rainha tenha futuro”. Palavras dos candidatos do CDS/PP à Câmara das Caldas da Rainha que, em conferência de imprensa na passada sexta-feira, no Céu de Vidro, divulgaram algumas das suas propostas para o Hospital Termal.
Manuel Isaac e Rui Gonçalves defendem gestão moderna para as termas das Caldas

Manuel Isaac, candidato a presidente, vereador na Câmara e deputado na Assembleia da República, defende a concessão da água termal à autarquia, revelando que “finalmente fica nas mãos de alguém, de uma entidade que representa os caldenses, que de uma vez por todas podem decidir o que querem para a cidade”. Pretende que se faça agora “o protocolo com a concessão da água à Câmara e depois um outro protocolo com a cedência do património, sendo que haja uma garantia de uma coisa com a outra”.

Sobre a retirada da concessão das águas termais do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) e passagem para a autarquia, houve diversos passos de cariz politico que foram dados por Manuel Isaac, que segundo Rui Gonçalves, número quatro da lista do CDS/PP à Câmara, “é protagonista nesse processo”.

Manuel Isaac lembrou que na primeira reunião com o Ministro da Saúde, da Comissão de Acompanhamento do Hospital Termal que foi criada no dia 15 de maio deste ano, onde é suplente, disse ao membro do Governo que “o Hospital Termal das Caldas está em decadência há décadas, porque todos os Governos que eu conheci, nenhum quis saber do Hospital e acho que está na hora de o entregar a quem direito tem”.

“Pensei que iria cair em saco roto a conversa que tive mas mais tarde reparei que o ministro aceitou o desafio e marcou uma reunião com o presidente da Câmara e iniciaram-se conversações para passar todo o património, incluindo as águas, para a Câmara, que é o digno representante de todos os caldenses”, explicou o candidato do CDS/PP, recordando que depois dessa reunião houve algumas mudanças “com a retirada do secretário de Estado e com a passagem do Ministério da Economia para o Ministério do Ambiente da Energia e Geologia”.

Quanto ao protocolo do processo da retirada da concessão ao CHO e a entrega à Câmara, Manuel Isaac afirmou que na última assembleia municipal o CDS/PP estava em condições de votar favoravelmente a proposta que tinha sido feita desde que se alterasse a cláusula que dizia que é necessário um edifício novo para serem prestados ao tratamentos termais.

“Ninguém reconhece autoridade ao diretor de serviços da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) para vir que dizer que o edifício existente do Hospital Termal não serve”, sublinhou Manuel Isaac, acrescentando que “ele até pode não servir mas tem que ser um estudo rigoroso feito a dizer aos caldenses que o edifício existente não tem hipótese e então partimos para outro”.

“Independentemente de se construir um hospital termal novo ou o próprio continuar, é preciso investimento”, adiantou o cabeça de lista, revelando que teve uma conversa com o secretário de Estado do Turismo para “saber como podíamos ir a fundos comunitários para reabilitar os pavilhões do parque e toda a sua envolvência”. “O senhor secretário de estado disse que ia falar com um especialista nesta matéria, marcámos com uma reunião com o presidente da Câmara, que na altura ainda era Fernando Costa, e saímos da reunião com o secretário de Estado a dizer que estava disponível para fazer uma candidatura conjunta: Ministério da Economia, Secretária de Estado do Turismo e Câmara Municipal das Caldas”, contou o deputado, adiantando que “os fundos podem ir até 95%”.

Manuel Isaac considera que a Câmara das Caldas tem capacidade para fazer a gestão do Hospital Termal com ou sem parceiro privado, procurando alguém com o “know-how” na matéria. “Eu não tenho dúvidas que encontrará as pessoas certas para o fazer, nós temos pessoas das Caldas que sempre se interessaram e estudaram e especializaram-se nas termas das Caldas que nem sequer foram convidadas para fazerem parte da Comissão de Acompanhamento do Hospital Termal”, apontou.

O candidato do CDS/PP revelou ainda que o Hospital Termal “sempre sobreviveu quando estava sozinho. O problema foi quando se juntou ao Hospital Distrital e o lucro era investido noutras valências e não no próprio termalismo”.

Segundo este responsável, “mesmo que haja um parceiro privado pode-se sempre fazer um protocolo que salvaguarde alguns tratamentos no Serviço Nacional de Saúde”.

Manuel Isaac defende que em vez da troca de e-mails, a câmara se reúna com o Ministério da Saúde para de uma vez por todas acertar o protocolo para a concessão da água termal ao Município das Caldas.

Em defesa de um termalismo moderno

Rui Gonçalves considera urgente “adaptarmo-nos ao termalismo moderno”, revelando que “o termalismo a funcionar no século XXI representa cerca de dois biliões de euros de atividade económica”. “O património não é só o hospital, são os pavilhões que são uma peça arquitetónica única e que merecem ser recuperados, mas é preciso ver como está a estrutura”, adiantou.

Para este responsável não é o “Hospital Termal por si só que vai resolver o problema do termalismo nas Caldas, o hospital pode estar a funcionar e ter sete mil utentes mas é preciso ir mais além, adaptarmo-nos aos tempos modernos”.

O candidato defende para o futuro das termas das Caldas da Rainha um espaço de saúde, bem estar e lazer, referindo-se a spas, medicinas alternativas, talassoterapia, massagens, saunas, banhos turcos, ginásios e fisioterapia.

A gestão do Hospital Termal, no seu entender, pode ser feita pela Câmara, nomeando alguém com “perfil e com conhecimentos daquilo que é o termalismo nos tempos modernos”. Referiu ainda que o CDS não aceita “que se crie um elefante branco e que a Câmara tenha que estar a pagar todos os meses as despesas do hospital termal”.

Também não aceita que o diretor de serviços da DGEG venha dizer que o hospital não tem condições, defendendo que uma entidade idónea confirme as declarações de Alcântara Cruz.

Baseando-se na tese de mestrado sobre a viabilidade de um hotel com spa termal nos pavilhões do parque da caldense, de Manuela Franco, onde Rui Gonçalves também colaborou, chegou à conclusão que a rentabilidade se atingiria com um hotel com 120 quartos nos três pisos superiores dos pavilhões. O rés do chão seria reservado para as áreas comuns, receção, e o próprio spa e a área do Céu de Vidro seria para as áreas mais públicas, como restaurantes, bares e salas de reuniões.

Quanto ao parque e a mata acha interessante o projeto da caldense, José Rocha que criou um projeto de um percurso de manutenção vocacionado para essencialmente para o bem-estar do idoso.

O candidato revelou ainda que há uma série de eventos que o CDS defende para se realizarem no parque, como o regresso da feira nacional de fruta, regatas, gincanas de bicicleta, entre outros.

Lembrou ainda a sua tese de mestrado sobre o território da Lagoa de Óbidos, em que propôs uma ligação da “lagoa à zona termal através de uma ciclovia e um percurso pedonal junto ao Rio da Cal”. “Aqui vamos ligar o turismo de saúde e bem-estar ao turismo paisagístico, natureza, gastronómico e náutico”, apontou.

Marlene Sousa

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