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Atingiu assaltante com tiro de caçadeira para defender família

Francisco Gomes

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“Quando vejo um vulto vir direto a mim, não tive hipótese. Era ele ou eu. Houve luta corpo a corpo e para proteger-me, disparei”. Ainda abalado com a tentativa de assalto e da agressão de que foi alvo, é assim que um engenheiro agrónomo de 47 anos recorda o momento em que atingiu com um tiro de caçadeira um indivíduo que surpreendeu na madrugada de domingo dentro da sua vivenda, na aldeia da Torre, nas Caldas da Rainha.
GNR tomou conta da ocorrência (foto Carlos Barroso)

O proprietário da casa, que pediu para não ser identificado, disse ter receado “pelas vidas da minha esposa, que tinha chegado a casa após o turno de trabalho, e dos meus dois filhos menores, de 8 e 14 anos, que acordaram sobressaltados com o barulho”.

Por volta da uma da manhã, o dono da habitação ouviu barulho na garagem e deparou-se com o homem “atrás de uma porta no primeiro andar”. “Andámos à luta e ficou muita coisa partida dentro de casa. Estava escuro mas consegui pegar na arma e disparar para imobilizá-lo”, adiantou.

O suspeito, de 36 anos, residente em Leiria, foi atingido na perna esquerda mas conseguiu fugir por uma janela e saltar a vedação que cerca a vivenda nas traseiras. Percorreu um campo agrícola mas acabou por se deitar à beira da estrada junto à casa, onde foi detido por várias patrulhas da GNR que, alertadas para o sucedido, rapidamente chegaram ao local. Recebeu assistência da equipa médica da VMER e foi transportado pelo INEM para o hospital, tendo alta na tarde de domingo. Tinha de se apresentar no tribunal das Caldas da Rainha, para primeiro interrogatório judicial e determinação da medida de coação.

Luta violenta

Após tê-lo surpreendido, o proprietário foi agarrado pelo suspeito, com quem se envolveu num violento confronto físico dentro de casa, ficando magoado no joelho. As marcas da luta são bem visíveis no corrimão de pedra da escada que dá acesso à garagem, que ficou parcialmente destruído.

Ao telefone

O suspeito foi encontrado com um garrote na perna esquerda, que fez utilizando o cinto das calças para estancar o sangue, na sequência do tiro com que foi atingido. Testemunhas contam que estava a falar ao telemóvel com um alegado cúmplice, a quem dizia para ter cuidado porque ele tinha sido apanhado.

Arma legalizada

A caçadeira de canos sobrepostos utilizada pelo proprietário da casa encontra-se legalizada. A arma e o cartucho disparado foram levados pela GNR para peritagem técnica. O autor do disparo afirma que atirou para a zona das pernas para imobilizar o intruso que o atacou. Também prestou declarações em tribunal.

Francisco Gomes

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