A música de piano encheu por completo o burgo medieval. “Até antes dos visitantes entrarem no castelo já ouvem, porque há três pianos fora das muralhas que servem de estudo, desde as nove e meia da manhã até à meia-noite ouve-se piano por toda a vila, num cenário magnífico”, comentou Sílvia Schmidt, do secretariado da SIPO e elemento da Associação de Cursos Internacionais de Música – Casa da Barbacam, entidade organizadora do evento, que tem o apoio institucional e financeiro do Município de Óbidos e do Ministério da Cultura/Direção Geral das Artes, bem como de vários patrocinadores.
Desde 1996 que a SIPO é um marco. “Os habitantes têm-nos acolhido com um carinho muito especial”, apontou Sílvia Schmidt.
Jovens estudantes de música, vindos de vários pontos do Mundo, reuniram-se num desejo de aperfeiçoarem os seus conhecimentos musicais, aproveitando um grupo de pianistas de renome internacional – Paul Badura Skoda (Áustria), Josep Colom (Espanha), Manuela Gouveia (Portugal/Espanha), Boris Berman (EUA/Rússia), Luiz de Moura Castro (EUA/Brasil), Márcio Carneiro (Brasil/Europa) e Fermín Bernetxea (Espanha).
“Ensinam aspetos técnicos e de interpretação e há professores que trazem tradições de mestres europeus e é bom termos a oportunidade de receber essa sabedoria da parte deles”, disse Beatriz Ferreira, uma das aulas.
A espanhola Lucia Dies apontou a qualidade dos docentes. “São professores de grande nível e trajetória e este é um dos melhores cursos da Europa. Sou pianista e estou a estudar para ser profissional”, indicou.
A SIPO contou ainda com duas exposições de arte de Fernando Marques de Oliveira e Alice W. R., um tributo à pianista Helena Sá e Costa pelo seu centenário e uma palestra de António Gomes de Pinho intitulada “A importância da cultura em época de crise”.
Francisco Gomes
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