Este estudo, elaborado pela TIS, compara as vantagens do ponto de vista da segurança rodoviária – onde as autoestradas são em média quatro vezes mais seguras do que as outras vias rodoviárias. O estudo compara, também, os parâmetros do custo total da viagem, o consumo de combustível, o desgaste veículo e o tempo decorrido entre as autoestradas e os percursos alternativos, onde se destaca que em todos os critérios confrontados é sempre mais vantajoso viajar em autoestrada.
Segundo o presidente da APCAP, José Braga, “foram testados os dez percursos em autoestrada mais representativos durante o verão, sobre seis variáveis fundamentais. A vantagem do ponto de vista da segurança rodoviária seria uma constatação mais do que suficiente para justificar a utilização da autoestrada. Com efeito, o rigoroso estudo da TIS verifica que as autoestradas são, em média, 70% mais seguras do que as outras estradas”.
Outro parâmetro analisado neste estudo são os custos globais da viagem que podem representar uma poupança de 5% no que diz respeito à comparação com as vias alternativas. Verificou-se, ainda, que a distância percorrida é cerca de 10% inferior pela autoestrada e o tempo de viagem permite que o condutor poupe 50% em relação às outras vias.
Para Vasco Colaço, administrador da TIS e responsável pelo desenvolvimento do estudo, “a rede de autoestradas é uma mais-valia do nosso país mas a introdução de portagens nas SCUTS veio pôr em causa essa perceção. O custo de viajar em autoestrada é largamente compensado pelas vantagens que ela nos traz. O estudo promovido pela APCAP demonstra que viajar em autoestrada é sempre mais rápido, mais barato e garante maiores níveis de conforto e segurança”.
Os dez percursos escolhidos para análise foram Leiria-Mira, Porto-Valença, Lisboa-Albufeira, Lisboa-Troia, Braga-Apúlia, Cascais-Mem Martins, Espinho-Valongo, Santarém-Peniche e Lisboa-Nazaré.
Entre Santarém e Peniche, o preço da portagem (3,8 euros) é compensado nos gastos de combustível (6,6 euros enquanto pela estrada nacional é 9,7 euros), pelo desgaste do veículo (2,1 euros contra 2,4 euros) e no tempo (avaliado em 5,1 euros em detrimento de 8,6 euros). No total, o custo generalizado da viagem pela autoestrada fica em 17,6 euros, enquanto que pela estrada nacional atinge os 20,7 euros. E por transporte público mais caro fica – 38,2 euros, resultante do bilhete e tempo gasto.
Pela autoestrada gasta-se 51 minutos, pela estrada nacional uma hora e 26 minutos e por transporte público duas horas e 51 minutos.
No caso de Lisboa até Nazaré, o preço total fica em 27,6 euros pela autoestrada, 29,8 euros pela estrada nacional e 43,5 euros por transporte público.
Os sete euros da portagem são compensados no gasto do combustível (dez euros e meio pela autoestrada contra 13,7 euros pela estrada nacional), mas sobretudo pelo tempo (avaliado em 6,8 euros pela autoestrada e 12,7 euros pela estrada nacional). Isto para quem o tempo é dinheiro: Uma hora e sete minutos pela autoestrada, duas horas e cinco minutos pela estrada nacional e duas horas e 35 minutos por transporte público.
Francisco Gomes
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