O vereador José Machado, do PS, considerou que o local de apresentação não se adequa ao conteúdo do livro, que aborda a existência de uma filha secreta do Papa Pio XII.
“A Igreja de São Tiago está cedida pelo Patriarcado ao Município, através de protocolo”, apontou José Machado, para quem o conteúdo deste livro parece violar aquele protocolo que “prevê a realização de atividades de natureza cultural, desde que do ponto de vista moral respeitem a natureza dos templos religiosos cristãos”.
O autarca interrogou o executivo se se tratou de “uma distração”, quando o município tem outros locais, na vila de Óbidos, onde estão a ser vendidos livros.
O presidente da Câmara, Telmo Faria, afirmou que “qualquer pessoa pode fazer uma apreciação crítica sobre conteúdos, contudo, esta intervenção do vereador José Machado parece estar mais ao nível da censura, ou visa essencialmente isso”.
Sublinhou que “a Câmara não intervém na programação editorial da livraria, pelo que o vereador José Machado está a tentar, uma vez mais, prejudicar a autarquia”.
José Machado defendeu que, “devido ao sucedido, seja apresentado um pedido de desculpas à Igreja”.
Francisco Gomes
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