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Resgatar a cidade

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Somos uma cidade de potencialidades. Virados para o mar ou com os olhos em terra, dispomos de um conjunto invejável de possibilidades de ação: no turismo, ativos como a Foz do Arelho, o Parque, o Hospital Termal e a proximidade de atrações vizinhas poderiam ter-nos legado uma situação económica de invulgar robustez. Nada disso, porém, se verifica. Pelo contrário, a urbe definha sob a vaga imparável do vandalismo urbano. Não há esquina, nem rua, em que não seja visível prova do estado de morticínio em que a Câmara permitiu que caíssemos. Existem por toda a parte: da Rua das Monstras ao centro histórico, não há recanto que escape à mão de quem fere a face da cidade.

O problema não é irrelevante – e é desnecessária grande reflexão para compreender-se porquê. Se em 2010 o município caldense apresentava resultados miseráveis na área turística, boa parte desse falhanço estará relacionado com o estado de ruína em que caiu boa parte da cidade. Nesse ano, por exemplo, foram 17 592 os turistas a escolher as Caldas. Já em Torres Vedras, também aqui no Oeste, esse número ascendia aos 36 060. Na Nazaré, autarquia com 3 vezes menos habitantes que as Caldas, a cifra atingia os 34 908. Nada de surpreendente: pese ou não o potencial turístico da cidade, ele não poderá ser desenvolvido enquanto a autarquia permitir que nos assemelhemos a um bairro periférico de Lisboa.

O falhanço deste executivo camarário é uma derrota para a cidade. Numa circunstância em que o município se confronta com níveis recordistas de desemprego, é incompreensível que se faça tão pouco por uma atividade que poderia representar muitas centenas de novos postos de trabalho. Hoje, o debate em torno do grafiti excede o domínio estético: mais que uma questão de mero asseamento urbano, travar a presente maré de degradação comunitária constitui um imperativo económico e social. Sejamos claros: para restituir a cidade aos cidadãos e apoiar quem gera riqueza e cria emprego, o CDS crê ser de impreterível necessidade a constituição, pelo Ministério Público, de um grupo de trabalho que investigue os casos de selvajaria contra o património citadino. Trata-se de uma sugestão que, a ser aceite, trará novo fôlego à luta – até agora, falhada – contra o grafiti. Só com o comprometimento total das forças de segurança pública e do Ministério Público será possível pôr cobro a algo que tem sido um drama para as Caldas. E o momento é, de resto, particularmente bom para avançar: a recente criminalização do grafiti não-autorizado faz desta a circunstância ideal para reposicionar a limpeza da cidade no centro das preocupações da Câmara Municipal.

A luta por uma urbe limpa e acolhedora pertence aos caldenses, mas não pode ser vencida apenas pelos caldenses. Para devolvermos a cidade a quem a habita e sermos capazes de receber quem deseja visitar-nos, necessitamos do auxílio robusto dos órgãos competentes. Nas Caldas, o grafiti é imparável porque os seus autores ficam impunes – e, sem punição, o crime floresce. Mas isso não constitui uma fatalidade: pondo o Ministério Público a investigar quem cicatriza a cidade, dar-lhes-emos a certeza da nossa determinação em derrotá-los. Mais que isso, até: firmaremos com os cidadãos e empresas um novo compromisso de defesa assertiva, tanto da cidade, como da propriedade de quem a habita. Resgatar o legado da nossa rainha-fundadora requer empenhamento e determinação – e é justamente com isso que se compromete o CDS.

Luís Miguel Braz Gil

Candidato à Assembleia Municipal – CDS-PP

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