Hélia Santos vivia em casa do avô, mas depois da sua morte, a senhoria exigiu que saísse da habitação ou caso pretendesse continuar teria de pagar mais do que os atuais 60 euros.
Sem emprego, com um rendimento de pouco mais de 150 euros, Hélia Santos não teve outra alternativa senão recorrer ao apoio do gabinete da ação social da câmara de Peniche, além de estar sempre a receber apoio dos seus familiares mais próximos.
No gabinete da ação social, uma técnica aceitou a sua inscrição mas avisou-a de que tinha mais de 300 pessoas à sua frente e que pediram habitação. Perante este diagnóstico, Hélia Santos pediu ajuda ao JORNAL DAS CALDAS, mas depois do nosso contacto os serviços da autarquia já tinham apurado que este caso era grave, dada a deficiência do filho.
Ao menino com seis anos foi-lhe diagnosticado um atraso no seu desenvolvimento, pelo que tem necessidades especiais.
O presidente da câmara municipal de Peniche, António José Correia, não quis prestar declarações, nem a vereadora Clara Abrantes, que detém o pelouro da solidariedade social, mas numa nota enviada para a nossa redação explicam que “a câmara municipal de Peniche tem conhecimento deste agregado, família monoparental, constituído por mãe e um filho menor, com problemas de saúde. Reconhece a vulnerabilidade e a carência à qual a família está exposta, e por esses motivos estamos a acompanhar a situação a diversos níveis nomeadamente, emprego e formação, saúde e habitação. No que respeita à necessidade de habitação, este agregado apresenta uma carência habitacional e socioeconómica bastante acentuada, que o torna prioritário e que em breve contamos resolver a situação, que depois daremos conta”.
Esta brevidade aconteceu na semana passada, já que a atribuição de uma casa para Hélia Santos e para o seu filho foi aprovada em reunião de câmara, faltando agora serem feitas obras por parte dos elementos dos serviços da autarquia para que este agregado familiar mude de casa.
A progenitora e o seu filho vão continuar a precisar de apoio, principalmente um emprego para Hélia Santos, que não desiste de procurar trabalho e de ter uma vida mais ou menos estável, apesar da sua doença não dar para todos os tipos de atividades laborais.
Carlos Barroso
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