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Rotunda amovível com pinos e correntes vai impedir estacionamento no Largo Termal

Francisco Gomes

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Uma rotunda amovível no Largo do Hospital Termal, é a proposta que a Câmara das Caldas quer implementar, depois de constatar que as obras realizadas no local não surtiram efeito, com as viaturas a continuarem a estacionar no meio do largo.
Após as obras, os carros voltaram a estacionar no meio do Largo Termal

Uma rotunda amovível no Largo do Hospital Termal, é a proposta que a Câmara das Caldas quer implementar, depois de constatar que as obras realizadas no local não surtiram efeito, com as viaturas a continuarem a estacionar no meio do largo.

Tinta Ferreira, presidente da Câmara das Caldas em exercício, após a suspensão do mandato de Fernando Costa, revelou na última reunião da assembleia municipal que “demos indicações para ser feito um projeto para ter outra disposição de funcionamento no largo termal. Fizemos uma proposta ao Centro Hospitalar e estamos a aguardar que haja concordância para sejam colocados pinos com correntes que permitam a existência de uma rotunda amovível mas que impeçam todo o estacionamento que existe na zona central e junto ao Céu de Vidro”. Esta medida “permitirá, no dia em que precisarmos, usar o largo para eventos”, indicou.

O autarca respondia assim à crítica feita pelo deputado da CDU Vítor Fernandes, que se referiu às obras de regeneração urbana e à “situação completamente aberrante” que se vive no largo do Hospital Termal.

“O largo está transformado em estacionamento. Quando chegam ambulâncias têm dificuldades em fazer manobras para deixar e levar doentes”, denunciou, apontando que “existe um estacionamento gratuito na zona da Parada, faltam é sinais informativos”. Outra situação de que se queixou foi a utilização da zona de calçada no Lardo D. Manuel I, junto às Termas, para estacionamento. “Na altura das obras foi retirado um vaso que impedia a passagem dos carros”, indicou, apontando ser necessário voltar a tapar a entrada.

O trânsito na cidade foi um dos temas dominantes na Assembleia, com Duarte Nuno, do CDS-PP, a ironizar que “o PSD não está empenhado em ganhar as eleições, porque está a lançar o caos na cidade”.

“Há um descontentamento crescente de quem vive e trabalha nas Caldas, que tem dificuldade em circular na cidade. Os consumidores têm dificuldades em chegar aos estabelecimentos comerciais e não se compreende como é que uma rua fecha para obras, abre e dois dias depois fecha de novo”, afirmou, queixando-se de que a situação leva as pessoas a enganarem-se e andarem em sentido proibido.

“As deliberações desta Assembleia parece que nunca chegam a bom porto. Tomámos a deliberação para reabrir a Rua Heróis da Grande Guerra. Até hoje não foi cumprida, quando os comerciantes pediram urgência”, lamentou.

Tinta Ferreira argumentou com a necessidade de adotar procedimentos de segurança para a circulação nesta rua, revelando que as floreiras, para além do embelezamento, servem como barreira de proteção. “São importadas e foi preciso mais tempo. Estamos a colocar sinais para o parque de estacionamento e vamos tentar abrir a rua ainda na última semana de junho”, revelou, depois de ter sido anunciada a reabertura a 1 de julho.

A Câmara já autorizou operações de carga e descarga, nos períodos compreendidos entre as 6h e as 10h e entre as 19h e as 22h, todos os dias da semana, a veículos cujo peso bruto seja inferior ou igual a 3500 Kg, na Rua Heróis da Grande Guerra junto aos n.ºs 100 e 98B, Rua Alexandre Herculano, Beco do Forno, Rua Miguel Bombarda e Beco do Borralho. A velocidade máxima de circulação será 20km/h.

Devido às obras da regeneração urbana, a entrada para o Mercado do Peixe no Largo dos Heróis de Naulila está encerrada, o que levou o deputado José Carlos Abegão, do PS, a pedir à autarquia para colocar um painel de grandes dimensões a indicar que têm de entrar pela rua do CCC. “São as vendedoras que pedem”, disse. Tinta Ferreira recebeu o recado e concordou.

O socialista referiu-se ainda a um edifício junto ao Chafariz das 5 Bicas que está “em degradação total”, com “a Câmara à espera que caia”. Tinta Ferreira retorquiu que “já demos instruções para ser feito um procedimento para limpeza do interior e escoramento das paredes, e o Departamento de Execução de Obras está a preparar”.

O presidente da Câmara aproveitou para anunciar que está em vias de conclusão o plano local de promoção da acessibilidade do Município, “o que vai contribuir para termos os projetos e candidaturas a fundos comunitários para melhorar e tornar a cidade amiga das pessoas que não têm acessibilidade”.

Empresas em crise dificultam obras

Jorge Sobral, do PS, focou um problema que está a colocar entraves nas Caldas da Rainha – a situação de falência ou insolvência das empresas que trabalham com a Câmara em obras públicas que lhes foram adjudicadas. O socialista apontou o caso da obra de requalificação das arribas na Foz do Arelho, que está inacabada, mas cujo passadiço coloca em risco a segurança das pessoas, apesar de haver sinais que interditam a passagem. Outro caso focado foi o da empresa que intervém no Plano Diretor Municipal.

Tinta Ferreira esclareceu que esta empresa “não faliu, mas foi vendida a um grupo estrangeiro e está a solicitar a transferência da atividade para outra empresa do mesmo grupo”. “Pedimos os currículos dos técnicos da nova empresa”, informou o presidente da Câmara, reconhecendo que existem outras empresas que “estão a criar dificuldades nas obras”, nomeadamente a que está encarregue da empresa da Casa Museu Leopoldo de Almeida, que recorreu a um Processo Especial de Revitalização (PER), para regularização das suas obrigações, e as encarregues das obras do Espaço de Turismo, Parque de Estacionamento em frente à Câmara e requalificação das arribas da Foz do Arelho.

O repúdio pela forma como foi encerrada a estação dos correios de Santa Catarina e a congratulação pelo anúncio da manutenção e aposta na Linha do Oeste, foram outros assuntos focados.

Francisco Gomes

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