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“As eleições em Óbidos” – resposta ao comunicado do PSD

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O Partido Socialista saúda as primeiras considerações do Comunicado do PSD de Óbidos publicado no Jornal das Caldas em 12 de junho. Todos desejamos que o ano de eleições autárquicas seja um ano de discussão de propostas sérias e responsáveis. Mas o PS de Óbidos não recebe lições deste PSD sobre “seriedade, responsabilidade, conhecimento e competência”, atributos que estiveram em falta em muitos momentos da vida política desta maioria que governou o concelho durante 12 anos.

O Partido Socialista saúda as primeiras considerações do Comunicado do PSD de Óbidos publicado no Jornal das Caldas em 12 de junho. Todos desejamos que o ano de eleições autárquicas seja um ano de discussão de propostas sérias e responsáveis. Mas o PS de Óbidos não recebe lições deste PSD sobre “seriedade, responsabilidade, conhecimento e competência”, atributos que estiveram em falta em muitos momentos da vida política desta maioria que governou o concelho durante 12 anos.

A seriedade, que invoca o PSD, exigia que neste comunicado se assumisse aquilo que não correu bem, aquilo que correu mal e aquilo que poderia e deveria ter corrido melhor. Não basta falar da boa estratégia na Educação sem falar daquilo que corre mal nas nossas escolas e da fragilidade dos resultados obtidos. Não basta falar do apoio aos idosos sem falar naquilo que falta fazer e nas muitas situações ainda sem resposta. Não basta falar de “indústrias criativas” quando em muitas zonas do concelho, situadas nomeadamente nas localidades de Gaeiras, Usseira e Dagorda, ainda não existe saneamento básico.

Não basta falar das vantagens em aderir ao PAEL, um autêntico resgate financeiro a que Óbidos teve de recorrer porque já não podia pagar as suas dívidas, sem falar dos compromissos que se assumiram e os efeitos terríveis para o concelho e para as suas populações até 2026. É preciso dizer que Óbidos foi dos concelhos que maior receita extraordinária teve referente a IMT (antiga Sisa) e também a taxas de licenciamento dos grandes empreendimentos turísticos. Como foi possível num quadro de receitas tão favorável chegar ao ponto de não ter dinheiro para pagar dívidas? De ter de transformar dívida a fornecedores, de curto prazo, em dívida de médio prazo? É lamentável que, num quadro económico tão invulgarmente favorável em termos de receitas, o Município de Óbidos tenha sido obrigado a recorrer ao PAEL para honrar os seus compromissos.

“Responsabilidade” devia ser o PSD olhar para os programas eleitorais que redigiu e para as fantasiosas “promessas” que fez aos cidadãos de Óbidos e assumir que muitas, muitas mesmo, ficaram pelo caminho depois de conseguidos os votos que davam confortáveis maiorias. O PSD devia fazer a lista das promessas que não cumpriu e expô-las. Assumi-las. Explicar porque foi incapaz. Deve essa explicação a quem o elegeu, deve essa explicação ao concelho. Não basta falar do que foi feito e do que está a ser feito, porque isso é uma responsabilidade de quem governa, há que falar do muito que nunca foi feito e do que nunca será feito. A lista é longa. Óbidos não é património da UNESCO, não se construíram os muitos museus prometidos, o Grande Auditório, os parques subterrâneos, não se fez o regadio do Arnoia, o parque florestal no Bom Sucesso, o Óbidos Solar não promoveu a “democratização do acesso às energias renováveis”, a boa iniciativa da biblioteca móvel desvaneceu-se e o “bibliomóvel” passou a servir como carro de fretes do armazém municipal, disparou a taxa do desemprego, aumentaram as dívidas…

O PS reconhece alguns dos méritos políticos de um PSD que começou por ser enérgico e inovador, nomeadamente quando aproveitou a boa oportunidade criada pelo Governo do PS e pela União Europeia, com muitos milhões dados a Óbidos, para fazer uma grande reforma do parque escolar, fazendo como fizeram centenas de outros municípios, ou quando se criaram eventos geradores de protagonismo para o Concelho.

Falta agora o PSD assumir aquilo que correu mal na sua gestão e os prejuízos que daí resultaram para Óbidos e para os seus cidadãos. Falta agora o PSD assumir que o endividamento municipal de médio e longo prazo em 2013 é superior a 4 vezes ao que se registava em 2007. Que esta dívida paga juros. Que vai ser paga por todos nós e pelos nossos filhos. Que o crescimento da dívida é manifestamente maior que a do Estado português. Que a empresa municipal subsiste com balões de oxigénio que vêm do orçamento municipal e que, por si só, não tem autonomia financeira. Não duvidamos das boas intenções dos autarcas que nos têm governado, certamente fizeram o melhor que podiam e sabiam. Mas este caminho é insustentável e tem de ser emendado.

E tudo isto, em nome da transparência e na defesa intransigente dos interesses dos obidenses, o PS jamais desistirá de discutir.

PS Óbidos

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