“Ou se pintava por cima dos graffittis, horrendos, existentes ou se contactavam artistas que façam graffittis decentes e bonitos em vez de rabiscos nos sinais de trânsito, caixotes do lixo e muros de propriedade privada”, sugere.
A ideia seria “fazer publicidade à marca de tinta que usaríamos na esperança de haver patrocínio ou pelo menos desconto nas tintas e angariar voluntários para pintar os muros ou limpar os sinais de trânsito e caixotes do lixo”.
“Poderíamos contactar com vendedores de cachorros, pães com chouriço/chocolate quente, o que quer que seja, para que se torne algo agradável e uma espécie de piquenique no intervalo das pinturas. Ao entregarmos t-shirts e certificados com os patrocínios angariávamos mais voluntários e provavelmente mais patrocínios”, descreve.
“Conheço bastantes pessoas que escolheram Portugal como sítio para viver depois da reforma ou para passar férias. Entre eles, ingleses, escoceses, holandeses. Em conversa surge sempre o mesmo problema. Eles recusam-se a mostrar as Caldas da Rainha a quem os venha visitar por terem vergonha do estado em que está a cidade. Escolhem sempre passear em Óbidos ou na Foz e acabam por jantar”, revela.
Quanto aos locais a repintar, Mariana Beirão aponta que “uma das partes mais afetadas é no próprio posto de Turismo, onde muitos dos próprios turistas têm medo de entrar por cheirar a chichi e ter um aspeto nojento”. “Atrás da Igreja e atrás da Câmara seriam os sítios principais que demonstrariam que o graffiti não tem de ser um ato de vandalismo”, adianta.
“Seria boa ideia dinamizar a cidade para que deixe de ser conhecida pelos turistas como Caldas do Graffiti e volte a ser Caldas da Rainha. Era bom que pudéssemos voltar a ter orgulho na cidade e não tentar esconder as partes menos agradáveis”, comenta.
Outra ideia é lançada por Mariana Beirão: “Fazer uma campanha de sensibilização para que quem apanhe alguém em flagrante delito comunicasse às autoridades”.
Francisco Gomes
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