O percursor de Jesus Cristo, último profeta da Antiga Lei, primeiro mártir do Cristianismo. Filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, prima da Virgem Maria. Cedo se retirou para o deserto, onde terá levado vida ascética e de penitência. Estava a batizar crentes no Jordão, quando Jesus se fez batizar por ele. Logo O reconheceu como Cordeiro de Deus, o Messias anunciado pelos Profetas.
São João Batista após censurar e acusar publicamente de adultério, Herodes Antipas, foi preso e posteriormente degolado. Padroeiro dos alfaiates, dos peleiros e dos correeiros, alusão ao vestir-se a si próprio, usando a pele de carneiro e um cinto de couro. Devido ao martírio, é padroeiro dos presos e dos condenados à morte.
A sua festa litúrgica realiza-se a 24 de junho.
A imagem representa uma figura masculina, apresentada de forma rigorosa e hierática como era comum na imaginária gótica, com o rosto barbado e semblante sereno, trajando um velo de lã dourado sobre uma veste vermelha. A mão direita aponta para o cordeiro místico, o sinal da salvação, representado num signo em forma discoide, suportado na mão esquerda.
A imagem de São João Batista, conhecida por São João do Mocharro, topónimo dado ao arrabalde do lado poente da vila de Óbidos, é uma das peças mais singulares da escultura tardo-gótica da estremadura e insere-se num estilo de produção quatrocentista da região de Coimbra.
Antigamente colocada num nicho da capela-mor da igreja de que era orago, atual ermida de Nossa Senhora do Carmo, foi trasladado em 1636 para a antiga Capela de São Vicente da Gafaria, com a transferência da colegiada e sede de paróquia para junto da Porta da Vila de Óbidos. Hoje Igreja de São João Batista – Museu Paroquial de Óbidos.
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