Um senhor, na casa dos seus 45 anos, sai do carro e dirige-se ao café ao lado para comprar algo.
Enquanto o senhor foi ao café, três adolescentes, na casa dos 15 ou 16 anos, entraram no carro do senhor e lá ficaram.
O senhor voltou do café, colocou a viatura em funcionamento e arrancou.
A filha da Teresa, muito perspicaz nos seus 9 anitos, disse: “Mãe, aquele carro é um táxi, não é?”
“Claro que não filha, os táxis têm um dístico no tejadilho, além do disso, aquele carro era azul escuro. Porque dizes isso?”
Respondeu a filhota da Teresa: “É que o senhor entrou no carro, não disse nada aos rapazes e arrancou, pensei que fosse um táxi, pois se fosse o pai dos meninos, tinha-lhes dado um beijinho…”
Teresa engoliu em seco, e eu, quando soube da história, fiquei a pensar com os meus botões, as vezes que já terei sido “taxista”: pela minha contabilidade, poucas ou nenhumas, felizmente!
A Doutrina Espírita, ensina-nos em “O Livro dos Espíritos”, na “Lei de Sociedade”, o porquê de vivermos em sociedade, para evoluirmos em conjunto, quer intelectualmente, quer moralmente.
Também aprendemos com os Espíritos superiores, que os “nossos” filhos são seres (por vezes mais velhos espiritualmente que nós) que Deus nos envia, na condição de filhos, para que os orientemos, eduquemos e amemos dentro do possível, para que, assim, paulatinamente, a sociedade se regenere, melhorando-se.
Fico a torcer pelo tempo que não haverá mais pais “taxistas” e, em que o interesse, o carinho, a interação mútua, a ternura sejam apanágio de todos, no quotidiano.
Aí, estaremos a Amar, a ensinar a Amar e a semear Amor, para que, amanhã, o possamos colher, quando os filhotes de agora forem os dirigentes do amanhã.
“A semeadura é livre mas a colheita é obrigatória”, já referira Jesus de Nazaré há mais de dois mil anos…
José Lucas
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