Para o presidente da celebração, a consagração do pontificado do Papa Francisco a Nossa Senhora revestiu-se também de grande importância para os cristãos presentes no Santuário, não só pelo sentimento incluído na consagração, “mas também por ver o especial carinho do Papa por Fátima”. “É um privilégio de Fátima que a todos nos alegra e conforta: a especial atenção e solicitude que os Papas dos últimos 50 anos têm demonstrado por este solo abençoado, transformando-se em peregrinos da Cova da Iria, para vir aqui pedir à Senhora do Rosário proteção para a Igreja e a paz para o mundo”, sublinhou.
D. José Policarpo na oração da consagração à Senhora de Fátima no final da celebração afirmou que “a humanidade contemporânea” necessita de sentir-se amada por Deus e pela Igreja, só assim, “vencerá a tentação da violência, do materialismo, do esquecimento de Deus, da perda do rumo que a conduzirá a um mundo novo, onde o amor reinará”. “Dai-lhe o dom do discernimento para saber identificar os caminhos da renovação da Igreja; dai-lhe a coragem para não hesitar em seguir os caminhos sugeridos pelo Espírito Santo; amparai-o nas horas duras de sofrimento, a vencer na caridade, as provações que a renovação da Igreja lhe trará”, referiu o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
“Ensinai a Igreja, de que sois membro e modelo, a ser, cada vez mais, um povo orante, em comunhão com o Santo Padre, o primeiro orante deste povo e também em comunhão silenciosa com o antigo Papa, sua Santidade Bento XVI, que escolheu o caminho do orante silencioso, desafiando a Igreja para os caminhos da oração”, frisou D. José Policarpo, um dos cardeais que participou na eleição de Francisco, recordando a visita dos três últimos Papas (Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI) à Cova da Iria.
O presidente da CEP realçou que “só a cumplicidade silenciosa” entre a Virgem Maria e o Papa levará a sentir-se “atraído por esta peregrinação na certeza de que será acompanhado por milhões de crentes”. “Aqui, neste Altar do mundo, ele poderá abençoar a humanidade, fazer sentir ao mundo de hoje que Deus ama todos os homens e mulheres do nosso tempo, que a Igreja os ama e que vós, Mãe do redentor, os conduzis com ternura aos caminhos da salvação”, salientou. O gesto foi acentuado com uma salva de palmas dos peregrinos presentes na Cova da Iria.
João Polónia
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