A modernização e a promoção dessas unidades contrasta com o definhar do Hospital Termal na cidade Rainha que, assim, perde uma riqueza única – terapêutica e financeira – o que faz deste caso um exemplo gritante que tanto prejudica a cidade.
Os sucessivos encerramentos do Termal, a que temos assistido nos últimos anos, estão relacionados com a deteção de uma bactéria na água mineral natural, que impede o cumprimento dos parâmetros legalmente exigidos para a sua utilização.
Face à presente situação, o delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, proibiu que os tratamentos de hidroterapia sejam retomados sem que se efectue a “Requalificação estrutural de todo o sistema de aduções e canalizações”.
Estamos a falar de uma obra cujo orçamento rondará os 500 mil euros, um investimento considerado baixo tendo em conta a importância que o Hospital Termal tem para os doentes, para a cidade e até para o país. Mesmo em tempos de austeridade é incompreensível que essa verba não surja.
O encerramento das Termas, verificado ao longo de décadas, tem conduzido a manifestações publicas de desagrado, a última das quais ocorreu no dia 15 de maio. Algumas centenas de manifestantes, sob o lema “SOS TERMAL”, concentraram-se na Praça 5 de Outubro e desfilaram até ao Largo da Copa exibindo cartazes e exigindo uma solução rápida que conduza à recuperação das Termas e ao seu normal funcionamento.
Nesse mesmo dia o Presidente das Caldas da Rainha, Fernando Costa, afirmou que a Câmara tomará conta do Hospital, assumindo os estudos e as obras necessárias.
Certo é que a situação atual não pode manter-se por mais tempo e, por isso, urge dar prioridade à reabertura do Termal, seja por parte do Município ou do Ministério da Saúde, para que o termalismo volte a ser uma mais valia económica e social da região.
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