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Jantar de abril do PS com apresentação de candidatas às juntas de freguesia

Francisco Gomes

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O Partido Socialista das Caldas da Rainha comemorou o 25 de abril com um jantar no Hotel Cristal, que teve como convidados João Soares, filho do ex-presidente da República Mário Soares, o coronel Rocha Neves, militar de abril, dois exemplos de solidariedade – Joaquim Sá (que presta alimentação aos sem-abrigo) - e de empreendedorismo criativo – Nicola Henriques (responsável pelo Silos contentor criativo). Mas o ponto alto do evento foi a apresentação das duas candidatas às juntas de freguesia da cidade. Catarina Paramos, presidente do PS caldense, é candidata à união de freguesias Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, e Maria Antónia Nogueira concorre à união de freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro.
João Soares

Catarina Paramos começou por questionar: “Onde está abril quando temos quase um milhão de desempregados? Quando mais de 40% dos jovens portugueses se encontram desempregados e se veem forçados a emigrar? Quando a nossa Constituição e os nossos direitos fundamentais são diariamente postos em causa?”.

Sobre a sua candidatura, apontou primeiro a sua oposição à reforma administrativa de extinção de freguesias, medida que “conduzirá as populações à desertificação, à insuficiência do serviço público prestado, à extinção de laços entre o Estado e os cidadãos, ao enfraquecimento da participação popular e ao empobrecimento do regime democrático”.

“Entendo que cada uma destas freguesias [Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório] e suas populações tem suficiente importância para se manterem”, manifestou. Mas assegurou que “com ou sem agregação assumo o compromisso e a responsabilidade de defender todos os fregueses, sem exceção”.

“Queremos reconstruir e valorizar o espírito de rua e de bairro, estimular o “sentimento de pertença” entre os cidadãos e o seu bairro ou o seu lugar, entre os fregueses e as suas freguesias. Propomos a criação de um orçamento participativo ao nível da junta de freguesia, a criação de um programa de afetação de jovens voluntários para atividades intergeracionais com a 3ª idade, promover, apoiar e colaborar com as associações de moradores, criar fóruns de bairro, assegurar o aconselhamento jurídico gratuito à população e incentivar o recurso à mediação de conflitos, promover um protocolo com a Câmara Municipal para a higiene, pintura e limpeza da cidade; promover junto das entidades oficiais, um reforço da vigilância policial nas ruas das freguesias”, enunciou.

Maria Antónia Nogueira, que se recandidata, chamou a atenção que “há quatro anos algumas pessoas não me identificaram e não votaram. Neste momento acredito que será possível inverter esta situação. Tenho estado ligada às questões sociais da freguesia e sou mais conhecida”.

“Em 2009 havia 55 famílias carenciadas na freguesia [de Santo Onofre] e presentemente são 174 famílias com 471 pessoas a dependerem do apoio familiar. Estes números não me animam. Inquietam-me. Significa que aumentou o desemprego, que as pensões e os subsídios atribuídos pela Segurança Social são insuficientes e que a população se encontra na miséria”, referiu.

Candidato à Câmara anuncia medidas

Rui Correia, candidato do PS à Câmara das Caldas, disse que “nos últimos quatro anos que passei como vereador desta câmara municipal pude constatar a forma como este concelho é governado. O Partido Socialista sabe fazer bastante mais e bastante melhor”.

“Ampliar a rede social de apoio aos mais carenciados e expandir as suas capacidades e os seus recursos financeiros é fundamental. O Fundo de Emergência Social que o Partido Socialista criou neste concelho incide sobre necessidades essenciais de subsistência e é especialmente vocacionado para o auxílio a famílias em contexto de dificuldades financeiras conjunturais. Este fundo conhece um exercício de pouco mais de 30% dos 150 mil euros que lhe estão afetados. Isto é simplesmente inaceitável”, indicou.

Outras medidas que pretende desenvolver passam pela “criação da rede municipal de creches com o propósito de acabar com uma excentricidade caldense, pela qual os pais e encarregados de educação se sentem obrigados a inscrever os seus filhos ainda antes de eles nascerem”, e pelo “apoio às atividades de complemento educativo em período pós escolar para fazer face a um dos maiores retrocessos cegos que este governo se prepara para implementar: o fim da gratuitidade dos ATLs”.

“Os orçamentos municipais para os próximos anos não podem esquecer estas preocupações, que constituem importantes elementos de fixação de casais jovens no concelho”, vincou.

“Temos uma incubadora de empresas que, não obstante os vultuosos montantes que movimenta, os empregos políticos que possibilitou e os ainda mais chorudos prejuízos que contabiliza, possui uma única empresa em incubação. Temos uma zona industrial que desapareceu maquilhada de área de acolhimento empresarial apenas porque nenhum plano alguma vez existiu para a criação de estruturas coerentes de fixação de empresas”, denunciou o candidato.

O socialista apontou também que “a maioria das cebolas que se veem na Feira Nacional de Cebola brota do chão de Alvorninha. Quase se pode dizer que a Feira Nacional da Cebola de Alvorninha está em Rio Maior. Isto não faz qualquer sentido”.

No capítulo da cultura e da inovação criativa, Rui Correia afirmou que “temos de acabar com uma política cultural de eventos e construir uma dinâmica de produção de emprego no domínio da criação cultural”, e referiu-se ao “desprezo ativo que tem sido dedicado à única instituição superior de ensino artístico da nossa cidade”. “Desprezamos fundos de capital humano e de criatividade que rapidamente nos deixam e vão investir o seu trabalho noutros lugares do país com o sucesso que todos os dias lhes é reconhecido, mesmo internacionalmente. A quantidade de alunos e professores da ESAD.CR com prémios internacionais devia já ter feito entender como é perdulário deixar que a inteligência criativa do concelho o abandone com a maior das simplicidades”, sustentou.

O cabeça de lista do PS não deixou de abordar a situação do Hospital Termal, considerando que “a provável transmissão do património termal para as mãos do município não me assusta nada se o Partido Socialista sair vencedor das próximas eleições”.

“A presente notícia da interdição de abertura do hospital termal sem que sejam feitas as obras necessárias no valor orçado de meio milhão de euros para impedir que novo surto bacteriológico possa ocorrer revela com toda a clareza e distinção como o ministério da saúde, para conseguir a qualquer custo resultados orçamentais, não tem qualquer hesitação em atentar contra a história e a dignidade do nosso concelho”, sublinhou.

“Com o Partido Socialista, Caldas da Rainha terá um pelouro do termalismo, devidamente enquadrado com os melhores especialistas e as melhores experiências que temos nesta terra”, garantiu.

João Soares leva recado para Seguro

Autarca durante 16 anos, dos quais sete como presidente da Câmara de Lisboa, João Soares revelou que a sua vinda ao jantar do PS caldense se deveu ao facto de ter ficado sensibilizado com um e-mail de boas festas enviado por Catarina Paramos. “Toda a minha juventude passou por longas estadias na Foz do Arelho e esta minha relação afetiva com Caldas da Rainha tornaram o convite irrecusável”, declarou.

O ex-autarca falou do papel das Caldas no 25 de abril e deixou expresso o desejo de que o PS vença a Câmara. “Caldas da Rainha foram adulteradas e abastardas do ponto de vista urbanístico. Espero que conquistemos a Câmara e temos um autarca experimentado para isso”, referiu, acrescentando que iria dizer “ao secretário-geral do partido [António José Seguro] que ele também tem de se empenhar mais nestes combates nas Caldas, porque ele fez uma opção afetiva pelas Caldas [ao casar com uma caldense] e é preciso que isso também se traduza em atos”.

O militar de abril Rocha Neves fez uma alocação recordando a revolução de 16 de março nas Caldas, percursora do 25 de abril. “A democracia está a passar por sérias dificuldades e o 25 de abril é uma data que não pode ser esquecida. Tem de se dizer isto às novas gerações”, frisou.

Sofia Gomes, 23 anos, nova militante do PS das Caldas da Rainha, dirigiu uma mensagem aos participantes no jantar: “Temos de acordar a cidade e despertar o que de melhor há nas Caldas. O PS está disposto a fazer frente a esta dormência que paira nas Caldas”.

A jovem expressou que os ideais de abril devem ser prosseguidos. “É importante manter viva a memória do 25 de abril e isso devia começar em casa. Os pais têm um papel preponderante na construção base do pensamento dos jovens e em fomentar o seu interesse para a política para a sociedade funcionar melhor”, argumentou.

No final do jantar foi feito um apelo à contribuição com bens alimentares para ajudar os sem-abrigo, podendo os donativos serem entregues no Mini-Preço junto aos Correios, em nome de Joaquim Sá.

Francisco Gomes

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