“A ideia é poder assistir a um bom concerto e ao mesmo tempo experienciar as propostas de cocktails preparados pelos formadores de bar e alunos do curso técnico de restauração e bebidas. Beber e ouvir os ritmos sincopados do jazz, sentindo as fragâncias e aromas dos cocktails, serve para promover a escola, numa área esquecida, num tempo em que a cozinha tem uma valorização excessiva em relação ao bar, e potencia o convívio entre as pessoas”, apontou Daniel Pinto, diretor da EHTO.
Carlos Mota, diretor do CCC, sublinhou que “o jazz também se bebe e esta proposta assenta na ideia de clubbing, de se aprender a ouvir o jazz e partilhá-lo de forma tranquila e simpática”. A iniciativa dará origem ao primeiro festival de jazz nas Caldas da Rainha, no final do ano.
“A cozinha teve um grande relevo ultimamente e esta é uma forma inteligente de valorizar a vertente das bebidas. Esta ligação com o jazz acaba por funcionar muito bem, porque conseguimos de alguma forma dinamizar a atuação da banda”, destacou o chefe Rui Filipe, que acredita que a iniciativa “pode servir para cativar futuros alunos para virem mais tarde a frequentar a escola e enveredarem pelo mundo fantástico da restauração e bebidas”.
Em cada evento os cocktails são preparados tendo em conta as origens dos músicos. Gonçalo Almeida, contrabaixo do grupo Lama Trio, formado na Holanda, que tocou na segunda sessão do Caldas Drink Jazz, a 14 de abril, relatou que a conjugação da música com os cocktails “cria um certo à vontade e um ar descontraído, que ajuda a beber o jazz”.
“Fiquei surpreendido, não estava à espera de tanto público”, disse. A assistência no foyer do CCC tinha cerca de oitenta pessoas.
A bebida servida foi o “After Beat”, com gin beefeater 24, água tónica fever tree “idian”, casca de laranja, casca de limão e amoras frescas.
Francisco Gomes
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