A obra, editada sob chancela da Alêtheia Editores, contou com a presença da editora Zita Seabra, que lamentou a falta de hábito dos portugueses em lerem poesia. “Somos um país de poetas mas os livros de poesia são os que se vendem menos”, apontou, revelando que já é o segundo livro de Isabel Gouveia que edita. Zita Seabra revelou que a empresa Várzea da Rainha Impressores (VRI) inaugurou há cerca de duas semanas a sua livraria virtual.
A obra é prefaciada por Fernando Pinto do Amaral, comissário do Plano Nacional de Leitura, que esteve presente na cerimónia de lançamento. Segundo este responsável, a obra está muito inspirada no lirismo português, “naquilo que são os poetas líricos ligado à nossa grande tradição histórica e ao mesmo tempo tem muito a ver com as vivências e experiências da própria vida da autora”. Fernando Pinto do Amaral referiu ainda que os temas da poesia estão muito ligados à “angústia, centrado na inquietação”. “É uma reunião dos seus livros e tem uma mensagem de esperança com muita angústia lá dentro”, sublinhou.
Isabel Gouveia está satisfeita com a edição do livro. “É difícil arranjar uma editora que queira editar poesia, na medida que fiquei muita satisfeita quando soube que a Alêtheia Editores ia publicar o meu livro, porque é uma editora com algum prestígio na praça pública”, disse a autora.
A capa foi arquitetada por uma ex-aluna da ESAD.CR que trabalha para a editora. “Pegou num dos desenhos do José Pires e dividiu-o ao meio, colocando uma parte na capa e a outra na contracapa”, explicou Isabel Gouveia.
A autora realçou ainda o facto dos seus livros de poesia serem muito diferentes uns dos outros. Continua a escrever e está a terminar um livro de contos.
Isabel Gouveia foi conservadora do registo predial de Alcobaça e das Caldas da Rainha e em 2009 foi agraciada pela Câmara das Caldas com uma medalha de prata, atendendo ao conjunto da sua obra jurídica e obra literária.
0 Comentários