Os CTT negam haver atrasos, mas há quem estranhe repetidas vezes passar mais de uma semana sem correspondência, e de repente, quando abre a caixa de correio, está cheia.
Armando Caetano, morador em Trabalhias, aldeia a cinco quilómetros da cidade, relatou que “as últimas cartas que recebi no dia 5 deste mês estavam datadas dos dias 13, 14 e 15 do mês passado, ou seja, demoraram cerca de 20 dias a chegar”. “Quando há correio é um amontoado de cartas. Geralmente estão a aparecer dez dias depois de serem expedidas. É um atraso grande. Muitas das cartas são para pagamento de faturas e tenho dificuldade em pagá-las porque já passou o prazo”.
Moradoras no Bairro Azul, Maria de Lurdes e Maria Fernanda apresentam queixas semelhantes. “Todas cartas chegam no mesmo dia. Quando chego à caixa de correio está cheia de correspondência. Ainda no outro dia me aconteceu em relação à água, veio no último dia de pagamento”, contou Maria de Lurdes.
“As cartas para proceder a pagamentos chega tudo em cima da hora e qualquer dia tenho os serviços cortados. Não estava habituada a isto”, lamentou Maria Fernanda.
Armando Caetano levantou ainda outra questão: “Na semana passada chegaram juntas a carta com o cartão de crédito e a carta com o pin. Se houvesse roubo das duas cartas qualquer pessoa podia fazer levantamento com o meu cartão de cartão. Por isso é que os bancos emitem uma carta três dias antes da outra, para maior segurança, só que assim os Correios não tomam atenção a esta segurança”.
Fonte oficial dos CTT, assegurou que “têm sido cumpridos os padrões de serviço contratualizados: até um dia útil para o correio azul, até três dias úteis para o correio normal e até cinco dias para o correio publicitário”, pelo que “se não houve distribuição diária em determinado domicílio foi por inexistência de correio ou por a correspondência existente para entrega estar dentro do padrão de entrega contratualizado”.
“O Centro de Distribuição Postal das Caldas da Rainha não tem, também, qualquer correio acumulado para entrega”, sustentou. Informou ainda que “em 2010 este centro de distribuição registou uma quebra de 22% no tráfego, pelo que em 2011 se introduziram alterações de metodologia nos giros dos carteiros, o que ocorreu na altura como previsto e cumprindo desde então todos os padrões de entrega”.
Francisco Gomes
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