A cerimónia iniciou com a atuação do Orfeão Caldense. Mário Lino, responsável pelo Museu do Ciclismo, nas Caldas da Rainha, e uma das mais emblemáticas figuras na promoção e organização de eventos ligados ao cicloturismo, nomeadamente a histórica “Caldas – Badajoz” dedicou a obra ao Sporting Clube das Caldas e aos “30 mil cicloturistas portugueses e espanhóis que quiseram ano após ano pedalar comigo ao longo de um quatro de século, desde as Caldas da Rainha à “Extremadura” espanhola”.
A obra “Pedaços das Caldas para Lá do Guadiana” reúne os marcos mais importantes dos trinta anos de cicloturismo. A publicação mostra como Caldas da Rainha, através das bicicletas, ficou mais conhecida em Espanha. “O livro retrata e caracteriza algumas das muitas localidades que o ciclo brevet internacional teve por meta em terras da Estremadura Espanhola, às quais os diversos ayuntamientos como Badajoz, Oliva de la Frontera, Olivença e La Codosera deliberaram atribuir topónimos com o nome das Caldas da Rainha a estas mesmas povoações por motivo do intercâmbio ciclo turístico desportivo e cultural que vêm mantendo com as Caldas da Rainha”, explicou o autor.
A sessão contou com a presença de Tinta Ferreira, vice-presidente da Câmara das Caldas, Manuel Piris, alcaide de La Codosera em representação do presidente do Governo da Extremadura Espanhola, Mário Tavares, presidente da assembleia geral do Sporting das Caldas, e Carlos Gomes, presidente da direção do Sporting das Caldas.
Manuel Piris destacou a ponte entre Caldas e as povoações fronteiriças estabelecida pelo ciclismo.
Mário Tavares sublinhou que o cicloturismo” aproximou o povo português do espanhol. Quanto ao livro, disse tratar-se de uma publicação “excelente”.
Presente também nesta sessão esteve José Castela, autor de vários livros sobre ficção e também de ciclismo, que destacou a forma eclética que Mário Lino consegue na sua escrita. Realçou ainda que é uma honra para as Caldas da Rainha “ter um filho como Mário Lino”.
“A história sempre nos proporciona personalidades que se preocupam com as demais. E hoje temos o melhor exemplo com Mário Lino, porque esta obra, que podemos considerar um testemunho histórico, abrange o sentir e o transmitir da cultura dos povos que se irmanam para compartilhar situações e ocasiões tantas vezes desejadas”, palavras escritas na obra por José António Monago, presidente do Governo da Extremadura. Segundo este responsável, é com este livro que “descobrimo-nos uns aos outros, descobrimo-nos a nós mesmos e mostramo-nos ao mundo tal como somos, um único povo desfrutando de uma terra inigualável”.
Mário Lino não podia estar mais feliz por ver o salão nobre cheio de gente para assistir à apresentação da sua obra. Disse que era um trabalho que há anos que tinha ideia de escrever e que só foi possível porque “um dia houve Caldas-Badajoz em cicloturismo e eu deixei na outra margem do Guadiana um contentor carregado de memórias”.
Na cerimónia o autor agradeceu a várias pessoas e entidades, entre eles Manuel Nunes, Mário Tavares, Tinta Ferreira, Joaquim Urbano, Ramiro, Bombeiros das Caldas, António Marques, António Próspero, Coronel Pinheiro e Mário Loureiro, pelo contributo “que deram ao cicloturismo ao longo de trinta anos e também à construção deste livro”.
0 Comentários