O lar foi alvo de “encerramento urgente”, situação que, segundo o ISS, se verifica quando há indícios de “mau funcionamento geral da resposta social, suscetível de colocar em perigo iminente a vida, a saúde ou os direitos dos utentes”, disse fonte daquele organismo à agência Lusa.
Denominado Casa de Repouso Solar dos Anjos, o equipamento albergava dezoito idosos, quatro dos quais acamados e cinco dependentes.
Os idosos foram encaminhados, na sua maioria, para as “famílias que os receberam” e os restantes “para respostas alternativas condignas” que o ISS disse ter disponibilizado.
De acordo com ISS, “a proprietária é reincidente, tendo já sido objeto de participação crime ao Ministério Público”.
O lar, propriedade de Leonor Rebelo, funcionava há cerca de dois anos na última moradia de um condomínio privado, na urbanização Sol Nascente. Contactada pela agência Lusa, Leonor Rebelo recusou prestar quaisquer esclarecimentos.
O encerramento do lar decorreu entre as 11 e as 18 horas do dia 22 de março, estando presentes técnicas da segurança social, da ação social, autoridades de saúde, bombeiros e elementos da GNR.
Seis dos idosos foram transportados de ambulância para outros lares e uma idosa foi transportada ao Hospital de Alcobaça, mas teve alta ao início da tarde.
A nora desta idosa disse desconhecer “quaisquer maus tratos”, mas revelou que as técnicas da Segurança Social lhe terão transmitido “estarem incomodadas com a magreza e debilidade” da sogra.
Os idosos estavam distribuídos pelos quatro quartos da casa e pela cave, em condições que, segundo os vizinhos, “foram motivo de várias queixas ao longo dos últimos anos”.
António André, presidente da Junta de Freguesia de Vestiaria, confirmou à Lusa que era a quarta localização do lar “num raio de 300 metros”, já que a mesma proprietária já havia exercido a mesma atividade em três outras vivendas da aldeia.
O autarca assegurou também que “nunca foi pedida qualquer documentação para legalização do lar”, que “a vizinhança diz que não tem condições e que tem gerado muita contestação”.
Carlos Barroso
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