A proposta foi a autoria do vereador socialista e candidato à Câmara, Rui Correia, que no início do ano questionou o executivo se era intenção da Câmara adotar o novo acordo ortográfico. “Após algumas semanas de reflexão, a decisão foi aprovada por unanimidade”, revelou o autarca.
A medida originou um rol de comentários nas redes sociais, a esmagadora maioria a elogiar a deliberação tomada.
O movimento que se opõe à adoção do Acordo Ortográfico em Portugal continua a ganhar adeptos.
Depois do presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), Vasco Graça Moura, ter decidido, em 2012, não aplicar as novas negras de escrita naquela instituição, recentemente foi a vez da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) anunciar que não vai adotar o Acordo Ortográfico devido às posições do Brasil e de Angola sobre esta matéria.
A SPA sustenta que “este assunto não foi convenientemente resolvido e encontra-se longe de estar esclarecido, sobretudo depois de o Brasil ter adiado para 2016 uma decisão final sobre o Acordo Ortográfico, e de Angola ter assumido publicamente uma posição contra a entrada em vigor” das novas regras.
Em Portugal, o novo Acordo Ortográfico na Administração Pública entrou em vigor em janeiro de 2012, mas até 2015 decorre um período de transição, durante o qual ainda se pode utilizar a grafia atual.
Francisco Gomes
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