Segundo o CHO, “as últimas análises periódicas realizadas à água detetaram um número superior ao normal da bactéria legionella não pneumophila”.
As termas caldenses, as mais antigas do género no mundo, já tinham estado fechadas durante seis meses em 2012 devido a problemas semelhantes.
Vão ser feitas correções para que os parâmetros microbiológicos da água mineral natural cumpram os requisitos legalmente exigidos.
De acordo com o CHO, “estão a ser implementadas medidas para correção desta situação, mas não há data para reabertura dos tratamentos termais na área de hidrobalneoterapia”.
Mantêm-se em funcionamento as restantes atividades, nomeadamente o internamento de ortopedia, as consultas de psiquiatria e os tratamentos de medicina física e de reabilitação.
Maria da Conceição Pereira, deputada do PSD na Assembleia da República, apresentou um requerimento ao Governo no passado dia 8, onde aponta que “os autarcas e população não entendem estes constantes encerramentos, que têm conduzido a uma drástica redução dos aquistas e à diminuição de receitas”,
A deputada pretende saber se o Ministério da Saúde vai avançar com obras que solucionem “de forma definitiva” os problemas do hospital.
“Não é aceitável a ausência de uma resposta por parte do Ministério da Saúde, pois, há cerca de um ano, no feriado municipal, foi prometida uma solução rápida para a situação do Hospital Termal”, manifesta, procurando que seja dada informação sobre se o Ministério da Saúde tem algum plano para a gestão do hospital e para o seu património e se pretende manter ou não esta unidade no âmbito do Centro Hospitalar do Oeste – CHO (que integra, além do termal, os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche).
A também vereadora na Câmara das Caldas solicitou, com caráter de urgência, reuniões com a administração do CHO e com o secretário de Estado da Saúde.
O Hospital Termal das Caldas da Rainha é o tema da reunião extraordinária da Assembleia Municipal, marcada para 19 de março, às 21h. O pedido de convocatória foi feito por Tinta Ferreira, que em nome do PSD disse ao JORNAL DAS CALDAS que achou conveniente uma tomada de posição conjunta de todos os partidos para que a situação nas Termas não se volte a repetir.
“O PSD sente incómodo, preocupação e impaciência”, manifestou o vereador e anunciado candidato à Câmara, apontando que a suspensão dos tratamentos termais “resulta da falta de investimento necessário para que os furos e condutas não tenham problemas”.
“Cada vez que o Hospital Termal encerra, é um pedaço dos caldenses que sangra e os prejuízos económicos são superiores ao investimento que era preciso para resolver a questão da bactéria”, afirmou Tinta Ferreira.
“Invocamos o interesse público para que rapidamente, sem formalismos, se resolva esta situação, e lembro que a Câmara também já manifestou disponibilidade para avançar com a comparticipação nacional para obras com fundos comunitários no Hospital Termal”, sublinhou.
Francisco Gomes
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