Hugo Patrício Martinho de Oliveira, casado, com 38 anos, nasceu em Luanda, tendo chegado às Caldas da Rainha com os seus pais e irmã aos 8 meses, onde ficou radicado até hoje.
Estudou nas escolas secundárias das Caldas da Rainha, tendo optado por continuar os seus estudos nas Caldas da Rainha por dificuldades económicas inerentes à dificuldade de ir estudar para fora, tendo entrado no ano de 1992 em Direito na Universidade Autónoma de Lisboa, delegação das Caldas da Rainha.
Em 1995 com um grupo de jovens estudantes funda e vem a ser presidente da Associação Académica da UAL-CR, tendo ocupado o cargo por 3 mandatos.
Já aos 16 anos quando entra para a JSD logo se afirma como um jovem de ideias bem definidas que o leva a liderar a JSD das Caldas da Rainha durante 3 mandatos e a distrital durante 5 mandatos e tendo mesmo ocupado o cargo de Vice Presidente da Mesa do Congresso Nacional da JSD e sendo logo eleito Conselheiro Nacional do PSD, órgão onde ainda hoje faz parte eleito no ultimo congresso.
Acaba o seu curso em 1999, mas já tinha dado início à sua vida profissional em 1997 no ramo do Gás natural, em empresas privadas nas Caldas da Rainha e na Maia, onde rapidamente ascendeu a Diretor Comercial da empresa. E nessa altura e por convite do atual Presidente da Câmara abdica do seu percurso profissional privado e ocupa o lugar de secretário de vereador ate ser eleito Vereador em dezembro de 2001, estando nessa precisa altura no processo de admissão na ordem dos advogados, tendo feito o exame de acesso e obtido uma boa nota e tendo ficado com o seu processo suspenso na ordem numa altura que só faltava efetuar a oral (prova de agregação).
Quase doze anos depois, e com provas dadas leva já três mandatos como vereador e ocupa hoje também a direção do Gabinete de Estudos e Edições do Instituto Fontes Pereira de Melo e a Comissão executiva da direção da CNAF – Confederação Nacional das Associações de Família.
Hugo Oliveira quer ser o candidato do PSD à Câmara das Caldas se os militantes do partido assim o desejarem. Se optarem por outro candidato no modelo que apresentou, estará ao lado da candidata ou candidato.
JORNAL DAS CALDAS – O que tem a dizer do processo de escolha do candidato do PSD à Câmara?
Hugo Oliveira: Embora seja uma questão interna do PSD, já tornei publica a minha posição de estar disponível para ser sufragado pelos militantes do PSD das Caldas da Rainha em plenário, que aliás já foi requerido por cerca de 260 militantes.
JC- Mas não acha que o estão a tentar afastar do processo?
HO: A democracia não se exibe, exerce-se, é somente isto que sempre pedi, o resto são “faits divers”. Não posso aceitar, no entanto, atropelos à dignidade, processos menos claros e ou até irregulares.
JC- Mas gostava de ser candidato à Camara Municipal pelo PSD ou equaciona ser independente se o PSD insistir em não optar pelo método democrático que propõe?
HO: Não me passa pela cabeça sequer que o PSD das Caldas não opte por um processo transparente e democrático como propus, muito mal estariam as coisas se houvesse atropelos à democracia. Quero ser candidato do PSD, se os militantes do PSD assim o quiserem, porque se optarem por outro candidato no modelo que apresentei, estarei ao lado da candidata ou candidato.
JC- E se o excluírem?
HO: Vivo num País e num partido democrático, não acredito, mas se acontecer cá estaremos para falar nesse cenário hipotético.
JC- Apoia Maria da Conceição ou Tinta Ferreira?
HO: Tenho muita estima e consideração pelos meus colegas de partido e de executivo, e com quem tenho uma excelente relação. Nada me move contra eles, ou contra o Dr. Fernando Costa, a quem agradeço o convite que me fez a confiança que sempre depositou em mim para o executivo da Camara há 12 anos. O que aqui está em causa é um princípio democrático do qual não abdico. É natural que tenhamos visões diferentes mas convergentes dentro do PSD, indo a votos quem ganha tem de fazer a unificação dessas visões numa só para o futuro das Caldas.
JC- Porque é que decidiu recolher assinaturas de militantes dentro da Concelhia do PSD para marcação de um plenário e quais os motivos?
HO: Pelos motivos que já expressei, o desejo de um processo democrático e transparente, pelo que julgo saber o Dr. Fernando Costa sempre foi favorável a um processo de votação em plenário.
JC- Em relação às últimas declarações de Fernando Costa no Facebook qual é a sua reação?
HO: Naturalmente que não comento, não esperem de mim quaisquer ataques ao Dr. Fernando Costa. É o meu presidente, que respeito mas como ele sabe eu sou coerente e fiel aos meus princípios.
“Tenho tido apoios de “peso” e transversais na sociedade caldense”
JC-Tem tido muito apoio na sua página do Facebook para ser candidato à Câmara Municipal das Caldas da Rainha? Sente-se preparado para esse desafio?
HO: É verdade, tenho sentido muito apoio também no Facebook, mas essencialmente pelo concelho, tenho de facto tido apoios de “peso” e transversais na sociedade caldense. Sinto-me preparado, convicto e com uma vontade enorme de liderar os destinos das Caldas
JC- E o que pensa para o futuro das Caldas?
HO: É um virar de página. Uma mudança de ciclo alicerçado no trabalho efetuado pelo PSD até agora, uma visão para Caldas 2020.
JC- Quer concretizar?
HO: Caldas da Rainha neste novo ciclo precisa de se recolocar no mapa. Esta será uma fase claramente diferente, mais imaterial. Temos que potenciar a qualidade de vida e fortalecer o orgulho dos caldenses na sua identidade e nas suas tradições.
JC- O que defende de novo para as Caldas?
HO- Apostar essencialmente em vários vetores.
No ADN das Caldas da Rainha potenciando a criatividade como veículo de desenvolvimento económico-cultural; Na Reabilitação Urbana como estratégia de construção de cidade, criando um conceito sustentável de gestão urbana do território, e proporcionando o caminho para uma cidade Inteligente. Garantir qualidade de vida inerente à manutenção de uma cidade limpa e segura.
Na Revitalização do Complexo Termal e natural desenvolvimento do comércio de rua, voltando a sentir-se que as Cladas é a Capital do Comércio Tradicional criando mais condições de mobilidade e de estacionamento e promovendo ações juntamente com a ACCCRO de formação, informação e animação do centro de cidade
No Turismo reforçando a atratividade das Caldas da Rainha, aumentando o fluxo de visitantes, turistas e novos residentes para alavancar o tecido empresarial
Na consolidação da unidade e a coesão de todos os caldenses, valorizando a diversidade social e geográfica do concelho. Entre outros….
JC- Quando fala em criatividade o que pretende?
HO- Imaginem que a estratégia de reabilitação urbana assenta num princípio de recuperação dos edifícios em degradação do centro histórico e que poderão fazer parte de uma bolsa de edifícios disponíveis para a criação de ateliers de artistas. Posteriormente o artista recriava o seu espaço em função dos apoios existentes e o proprietário conseguia assim recuperar o seu património. Esta realidade, conjugada com a animação de rua, com um comercio dinâmico, com um tecido urbano revitalizado e a própria dinâmica das gentes contribuiriam certamente para a existência de uma cidade atrativa, diferenciadora capaz de captar muitos turistas.
JC- Qual a sua opinião sobre o termalismo?
HO- Uma mudança de ciclo evolutivo no domínio da Saúde nas Caldas da Rainha, abandonando de vez os caminhos da decadência. Isso, implica o estabelecimento de um acordo estratégico nas Caldas da Rainha quanto à modernização e pleno aproveitamento dos dois Hospitais, em benefício da população e da economia local e do espaço regional em que a cidade se insere.
Quanto ao Hospital Distrital, a estratégia só pode ser a da disponibilização da gama de serviços qualificados que lhe competem, a não subordinação à estratégia de sobrevivência de Torres Vedras e a ampliação do Hospital das Caldas ou a construção de um novo Hospital que substitua os atuais Hospitais de Caldas, Alcobaça e Peniche.
O êxito, neste domínio, exige a concertação efetiva com os concelhos servidos pelos três Hospitais.
Quanto ao Hospital Termal, o objetivo só pode ser o de em escassos anos recuperar a liderança termal no nosso País e habilitá-lo, não apenas no conceito de Hospital Termal, como no conceito mais lato de estância termal, para a concorrência europeia em Turismo de Saúde que arranca já no ano em curso.
JC- Quando se refere à coesão de todos os caldenses refere-se às freguesias rurais?
HO: Claro que sim, é fundamental que o concelho continue a manter uma unidade capaz de ultrapassar as assimetrias próprias de freguesias mais distantes da cidade. O nosso concelho é um exemplo nessa matéria, a quantidade de infraestruturas existentes nesses espaços geográficos permite afirmar que existe coesão entre as nossas freguesias, agora apenas teremos de continuar a garantir um desenvolvimento sustentado dessas freguesias
JC- Para concluir, que mensagem quer deixar?
HO: Seja qual for o desfecho da disputa interna, o PSD apresentará um programa eleitoral realista, determinado e capaz de conduzir as Caldas da Rainha a um caminho de sucesso com um projeto 2020. Finalizo com uma citação de Francisco Sá Carneiro. “A Democracia é difícil e exigente mas dela não nos demitimos”.
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