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Meios de socorro sem mãos a medir na região

Carlos Barroso

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Entre Alcobaça, Benedita, São Martinho do Porto, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche e Bombarral, perto de meio milhar de chamadas de auxílio chegaram aos bombeiros e agentes de proteção civil, principalmente devido a quedas de árvores e estruturas que foram arrancadas e se encontravam a impedir vias.
Polícia e bombeiro limpam a via depois de uma estrutura na rotunda do Cencal, nas Caldas, ter caído/foto Carlos Barroso

No Bombarral chegaram 32 chamadas, que colocaram na rua 119 bombeiros em 75 veículos, que cortaram quinze árvores, resolveram treze quedas de estruturas e duas inundações. A situação mais delicada, segundo o comandante dos bombeiros voluntários, foi a retirada de uma pessoa que estava em cima de um telhado na localidade de Sobral, freguesia do Carvalhal. “Ao que indica, uma pessoa tentou evitar que a estrutura voasse e foi para cima do telhado para tentar consertá-lo. Como teve dificuldades em sair, pediu ajuda”, explicou Pedro Lourenço, frisando que não houve feridos neste e nas restantes intervenções dos bombeiros voluntários do Bombarral, que registaram apenas danos materiais. Em Peniche, José António Rodrigues, comandante dos bombeiros voluntários, divulgou uma lista com perto de 70 ocorrências entre a noite de sexta feira e domingo, revelando que ainda se encontravam meios no terreno na passada segunda-feira para resolver alguns problemas relacionados com quedas de estruturas e fornecimento de energia elétrica. O operacional destacou a queda de um telhado em cima de um cabo de média tensão. De resto a energia elétrica é aquilo que mais preocupava o comandante na segunda feira, uma vez que todas as outras situações tinham sido resolvidas. A localidade de São Bernardino e do bairro do visconde em Peniche ainda não tinham luz. A marginal até ao cabo carvoeiro esteve encerrada ao trânsito das 9h às 21h de sábado e o acesso à marina foi interdito. Na zona do Baleal vários bares registaram prejuízos nas coberturas e nas esplanadas. Parte do telhado da igreja de São Pedro e dos armazéns dos serviços municipalizados voaram. Cerca de dez estufas ficaram destruídas na zona da Ribafria e nos Bolhos, registando ainda danos nas coberturas da empresa Fizhorta e no Intermarché, no posto de abastecimento da BP e no Lidl. Ainda em Peniche, a barra do porto de pesca esteve encerrada e a circulação de pessoas e veículos esteve condicionada entre Atouguia da Baleia e Ferrel, devido aos ventos fortes, que também derrubaram sinalização rodoviária. Joaquim Clérigo, comandante de São Martinho do Porto, disse ter recebido no corpo de bombeiros mais de meia centena de chamadas, que colocaram na rua oito viaturas e 38 homens. O local que mereceu maior atenção foi o parque de campismo de São Martinho do Porto, onde diversas estruturas, árvores e telhados voaram. António Paulo, comandante da Benedita, explicou que recebeu chamadas para 44 quedas de árvores, quatro inundações e 21 quedas de estruturas entre sábado e domingo. A situação que mereceu maior cuidado foi de uma pessoa ter ficado presa no elevador de um prédio no centro da Benedita, depois de ter faltado a luz. Após o seu resgate, o cidadão não careceu de transporte ao hospital. Os bombeiros foram chamados a intervir num acidente rodoviário no IC2, que envolveu duas viaturas ligeiras e provocou ferimentos ligeiros a duas pessoas. António Paulo adiantou que na segunda feira ainda recebia chamadas de pedido de auxílio para explorações pecuárias e para unidades fabris. Estavam no terreno duas equipas a resolver quedas de árvores e quedas de telhados e estruturas. Também contactámos os bombeiros de Alcobaça e de Nazaré, mas devido aos trabalhos que ainda realizavam, não responderam a tempo de fecho desta edição. Contudo, na Nazaré apurámos que a marginal junto ao mar esteve cortada devido ao areal que invadiu a estrada, voando também esplanadas e telhados de bares e toldos de alguns estabelecimentos. No cemitério da Nazaré houve registo de campas e jazigos partidos devido ao vendaval. Marco Martins, comandante interino dos bombeiros de Óbidos, esclareceu que foi registada cerca de meia centena de pedidos de ajuda que colocaram na rua 27 viaturas e 131 operacionais, entre bombeiros, militares da GNR, pessoal da autarquia do serviço de proteção civil além de muitos particulares que puseram ao serviço da comunidade máquinas para desobstruir vias. De maior relevo as ocorrências na estrada nacional 114, que esteve cortada entre as Gaeiras e a Matoeira, e quedas de árvores em diversos caminhos municipais e particulares. Nas Caldas da Rainha de acordo com as informações prestadas à agência Lusa, ocorreram 146 cortes de árvores, foram recolhidas 19 estruturas de habitações e foram registadas 37 ocorrências com estruturas de postes de eletricidade e telefones, reclames publicitários, andaimes e coberturas. Foram também registados prejuízos em coberturas de duas escolas, dois pavilhões gimnodesportivos, da comunidade intermunicipal do Oeste, em duas grandes superfícies (Pingo Doce de Tornada ficou sem parte do telhado, enquanto que a estrutura do parque do estacionamento do Continente ficou destruída) e várias árvores caíram no parque D. Carlos I. Uma mulher também apanhou um susto ao ver uma árvore cair-lhe em cima da viatura quando seguia na estrada de Tornada. A mulher não careceu de transporte ao hospital. Durante as operações de socorro foram cortadas duas árvores e durante algum tempo a estrada nacional 8 esteve cortada, com a GNR a desviar o trânsito. A linha do Oeste também esteve cortada entre Caldas e Amieira por queda de árvores.

Carlos Barroso

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