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Empresa com pólo em Óbidos constrói aparelhos autónomos para missões de vigilância

Francisco Gomes

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Depois de apresentações em Inglaterra e Estados Unidos, o grupo tecnológico Tekever, empresa com sede em Lisboa e um pólo de tecnologia e pesquisa em Óbidos, viu aumentar o interesse pelo primeiro avião autónomo português (AR4 Light Ray), uma aeronave não tripulada para missões militares e civis de informação, vigilância, localização de alvos e reconhecimento.
O AR4 Light Ray é uma aeronave não tripulada para missões de informação, vigilância, localização de alvos e reconhecimento

O avião, produzido na sua maioria em Óbidos, tem um metro e quarenta centímetros de comprimento, pesa 55 quilos e atinge a velocidade de 55 km/h. Tem autonomia para duas horas, podendo ir até três com uma bateria extra, numa área de vinte quilómetros. Está dotado de uma câmara de vídeo que disponibiliza imagens de dia e noite em tempo real para uma unidade em terra.

Está preparado para ser montado rapidamente por apenas uma pessoa, ficando pronto a voar num minuto. Pode ser controlado remotamente ou voar de forma automática.

O projeto foi em primeiro lugar apresentado em Farnborough, na Inglaterra, entre 9 e 13 de julho do ano passado, no Farnborough International Airshow, um importante evento aeronáutico.

Na ocasião mereceu honras de reportagem em direto da BBC em horário nobre, tendo sido descrito como “o exemplo da importância crescente dos sistemas aéreos autónomos”.

A atenção dada pelos media britânicos e por governos de diversos países ao invento português explica-se pelo grande interesse da indústria aeronáutica por este produto, que surpreendeu pela sua eficácia, flexibilidade e custos associados, atingindo elevados níveis de performance, mesmo perante a chuva intensa e condições de vento desfavoráveis.

Foi o primeiro modelo do género completamente autónomo a realizar uma demonstração de voo no Farnborough International Airshow e colocou Portugal no mercado mundial.

Ricardo Mendes, administrador do grupo Tekever confirmou na ocasião a existência de negociações com organismos e entidades em diversos continentes.

O AR4 Light Ray foi depois apresentado noutro reconhecido evento, o AUVSI Unmanned Systems North America Conference and Exhibition, em Las Vegas, na América, entre 6 e 9 de agosto. Com esta incursão fora da Europa a Tekever posicionou-se como potencial fornecedora do mercado americano e de outros mais de 40 países.

Entre 10 e 12 de outubro, o Grupo Tekever apresentou o mais recente membro da sua família de drones ou sistemas aéreos não tripulados, o “AR5 Life Ray”, na Convenção Anual da ASD – Associação Europeia das Indústrias de Aeronáutica, Espaço e Defesa, que teve lugar em Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações, e reuniu mais de um milhar de participantes.

O drone “AR5 Life Ray” foi especificamente concebido para apoiar missões de vigilância marítima e de busca e salvamento. Com cerca de nove metros de envergadura, uma velocidade de 120 km/h e grande autonomia, pode transportar uma carga útil de 90 quilos e disponibilizar comunicações via satélite.

“Durante séculos, Portugal olhou o mar como uma fonte de prosperidade e evolução ao nível tecnológico, social, cultural e económico. Já fomos líderes na inovação em tecnologia para o mar, e essas capacidades levaram-nos a grandes feitos. O “AR5 Life Ray” reúne as mais recentes tecnologias e um vasto conjunto de inovações na área dos sistemas autónomos aéreos. Faz todo o sentido que um produto inovador, capaz de proporcionar capacidades únicas em missões marítimas, seja feito em Portugal”, referiu na altura o administrador do Grupo Tekever.

O “AR5 Life Ray” deverá começar os seus testes operacionais em 2013, reforçando o posicionamento da tecnologia nacional no mercado mundial da aeronáutica. Pretende-se que seja um vantajoso contributo para os dispositivos operacionais responsáveis pela vigilância marítima e pelas atividades de busca e salvamento.

Francisco Gomes

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