O Cardeal-Patriarca elogiou a beleza da Igreja Católica, espalhada pelos quatro cantos do mundo, sublinhando a sua vivência em plena comunhão. Recordando alguns episódios das suas viagens por continentes onde passou, D. José Policarpo afirmou que a Igreja “mesmo como presença minoritária é hoje, uma densidade fraterna de uma comunidade em comunhão com as outras do mundo inteiro”.
Para combater “o risco” de viver a fé numa dimensão individual, o responsável da Diocese de Lisboa lançou um desafio aos cristãos da Vigararia de Caldas da Rainha – Peniche: “Desejo que durante esta visita pastoral não ponham a prioridade na vossa dimensão individual, essa vem por acréscimo. A nossa fé é algo de decisivo para construir a Igreja. Supõe vigilância contínua, nossa e das comunidades. Ajudemo-nos a identificar, com toda a alma e coração, com a nossa fé. Deixemos cair tudo o que são opiniões pessoais, maneiras de ver…, porque ser católico é uma coisa muito exigente! Obriga-me a rever, continuamente, a minha posição individual frente à posição da Igreja, com a qual Jesus se identifica”, assegurou. “Que a fé destas paróquias fosse cada vez mais a fé da Igreja”, é ambição final exteriorizada por D. José Policarpo, no início desta visita pastoral.
Em seguida, o Cardeal-Patriarca na companhia do seu Bispo Auxiliar, D. Nuno Brás, presidiu à Eucaristia no Pavilhão Polivalente de Peniche, concelebrada pelos párocos e diáconos permanentes da vigararia e participada por cerca de um milhar e meio de cristãos, destacando a presença do Presidente da Câmara de Peniche, António José Correia, do seu vereador Jorge Amador, entre alguns representantes de entidades locais.
No dia em que a Igreja assinalava a Festa do Batismo de Jesus, D. José Policarpo, na sua homilia, apelou a que os cristãos deem precedência a Jesus Cristo ressalvando que “a Igreja esboroa-se toda se perder esta noção da prioridade absoluta de Jesus”. Meditando sobre as leituras daquele domingo, o Cardeal-Patriarca explicou que no Batismo do Senhor, “Jesus aparece na totalidade do seu mistério, assumindo que a sua vida só tem uma razão de ser: fazer uma mudança radical na humanidade, que é uma mudança radical na relação do homem com Deus”, destacou. O Patriarca de Lisboa concluiu com a garantia de que “a clareza, sem confusões, acerca de Jesus pode ser a nossa força, ela é um baluarte da fé da Igreja”.
?João Polónia
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