Dessa apatia, se aproveitou o Monte Real, que em ataque rápido, sempre que se acercava do último reduto caldense, colocava em apuros o líder da competição.
Na cobrança exemplar de um livre frontal, Nuno Januário, ao minuto 26′ repõe a igualdade, dando novo alento à turma da cidade termal. Sol de pouca dura, volvidos 3 minutos, e novamente numa falha coletiva, a equipa da casa voltava a adiantar-se no marcador para gáudio dos seus adeptos.
Aproximava-se o final da 1ª parte e tornava-se urgente, detetar e corrigir as anomalias verificadas para que, dando o mote ao local, o Caldas pudesse “levantar voo” na direção da almejada vitória. A substituição operada com a saída de João Cruz e entrada de Tomás Jorge, originando o recuo de André Luís para central e o deslocamento de Vítor Hugo para a posição “6”, colocando-se Tomás Jorge no corredor direito, trouxe para o 2º tempo, uma dinâmica completamente diferente da 1ª parte.
A equipa estabilizou defensivamente, o meio campo tornou-se mais objetivo e os avançados solicitados com maior qualidade.
A equipa da casa, perante esta postura, começou a ter enormes dificuldades na recuperação da posse, criando espaços, aproveitados pelos atletas caldenses face à sua velocidade e técnica individual. E o inevitável, aconteceu: os golos começaram a surgir em catadupa, sem que o Monte Real tivesse capacidade para evitar a avalanche forasteira, 7 golos sem resposta.
Foi de facto um Caldas de “duas faces”, com uma prestação na 1ª parte para não “esquecer” e na 2ª, uma exibição de gala, para “recordar”.
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