“Nós sabemos o que o PSD sabe fazer, porque o temos à vista lá fora nas ruas. O único diagnóstico que há a fazer sobre o que as Caldas se tornaram e sobre o que é a competência do PSD a governar, está lá fora. Em qualquer conversa de café sabemos o que as pessoas penam e sofrem por ter um concelho desqualificado, feio, desordenado, sem qualquer perspetiva de futuro”, disse o atual vereador e candidato do PS, Rui Correia. “O que resta aos eleitores das Caldas”, interrogou, para responder, “mais do mesmo ou algo diferente”. “A escolha que se coloca envolve-me e eu não estou sozinho. Tenho uma equipa muito motivada na vitória, mas há essencialmente uma necessidade que as Caldas voltem a ter o mesmo encanto que já tiveram. Nós merecemos mais e melhor. Nas Caldas há pessoas capazes de fazer mais e melhor. Eu tenciono rodear-me dessas pessoas, pertençam ou não ao partido. Quem quiser vir comigo não virá atrás de mim, mas ao meu lado e a única coisa que vem fazer é trabalhar”, disse. “Nós vamos despedir o PSD desta câmara e vamos fazer isso trabalhando em conjunto para termos uma cidade e um concelho à nossa maneira, com as freguesias honradas e não esquecidas e com uma câmara muito mais funcional, do século XXI e onde as coisas novas são bem vindas e não são instâncias de medo. Não há medo do futuro. Vamos persegui-lo porque estamos muito atrasados em relação a muitos concelhos vizinhos. Estamos cansados de candidaturas que nos atiram para o século XX”, sustentou. Rui Correia disputou o lugar com Carlos Tomás, deputado na Assembleia Municipal de Caldas da Rainha, e venceu com 46 votos (54,76%) contra 32 votos (39,09%). O candidato derrotado mostrou-se ao lado do seu adversário e afirmou que irá apoiá-lo na sua eleição autárquica. “O PS sai reforçado porque teve uma percentagem significativa de militantes a votarem e estamos todos de parabéns. Aquilo que o PS determina eu colaborarei”, afirmou. Rui Correia promete divulgar a lista dos restantes candidatos até ao fim do primeiro semestre, assegurando ainda que irá elaborar “um programa eleitoral participado”, não apenas pelos socialistas mas por “toda comunidade” que pretenda dar sugestões. Apostado em “investir em políticas de proximidade” e em contribuir para a fixação de pessoas, na segurança e na requalificação do espaço público, o PS das Caldas da Rainha sublinha a “dimensão humana” e ideias “desempoeiradas” do candidato para se afirmar como uma alternativa à gestão PSD. Rui Correia é licenciado em História pela Universidade de Coimbra, com pós graduação em História Contemporânea pela Universidade de Lisboa, mestre em estudos Americanos pela Universidade Aberta e prepara o seu doutoramento em Estudos Contemporâneos pela Universidade de Coimbra. É ainda investigador do Instituto de Investigação Interdisciplinar, professor do ensino Básico e Secundário desde 1989, tendo sido vice-presidente da Associação Património Histórico. A candidatura de Rui Correia foi a primeira a ser oficializada no concelho ao qual o social-democrata Fernando Costa, eleito em 1985, já não se pode recandidatar.

Carlos Barroso